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Sábado, 23 de novembro de 2024

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Estiagem prolongada provoca déficit de 10 milhões de toneladas na safra de cana no Nordeste do Brasil

Chuvas regulares estão previstas entre maio e junho, informa a Climatempo

Em 2013 a estiagem prolongada no nordeste desfavoreceu algumas produções de cana-de-açúcar na região. De acordo com o primeiro levantamento de safra 2013/14, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), as diversas questões climatológicas, como os baixos índices de chuva, por exemplo, que provocam atrasos consideráveis no desenvolvimento da cana.


Segundo a Climatempo, na região da zona da mata nordestina, onde está localizado o maior número de canaviais, entre maio e junho de 2012, as chuvas ocorreram com mais regularidade, o que ajudou a aumentar a umidade no solo e, consequentemente, favoreceu o bom desenvolvimento da produção no período.

Para a safra deste ano, a falta de umidade do solo prejudica a formação dos canaviais em desenvolvimento. Wellington Silva Teixeira, gerente de alimentos básicos da CONAB, explica que a seca afeta muito a produção dos canaviais, pois à medida que a cana vai sendo cortada é preciso que haja umidade suficiente no solo para que no ano seguinte, continue a produção e os canaviais saudáveis. Ainda de acordo com Teixeira, “alguns produtores utilizam a irrigação complementar, mas em muitas áreas produtoras a dependência é única e exclusivamente das chuvas”, completa o gerente.

De acordo com Alexandre Nascimento, meteorologista da Climatempo, nesta semana, as chuvas têm caído frequentes sobre a zona da mata nordestina colaborando com o aumento da umidade no solo.

O mapa de chuva para os próximos 15 dias, mostra que no extremo norte da Bahia e na faixa litorânea entre Sergipe e Pernambuco, é esperado um volume chuva entre 70 e 150 milímetros. No interior destes Estados, a chuva pode acumular até 70 milímetros, informa a Climatempo.

A safra de 2013 de cana de açúcar finalizou a colheita com um número menor do que no ano passado, quando foram colhidos um total de 66 milhões de toneladas. Apesar da concentração do plantio estar localizada na faixa litorânea, principalmente em Alagoas e Pernambuco, onde as chuvas são mais frequentes, houve um decréscimo de 10 milhões de toneladas devido à estiagem prolongada ocorrida durante o plantio e o desenvolvimento da cultura.

Roberto Alves de Andrade, engenheiro agrônomo da CONAB confirma que toda a área destinada a esta safra já foi colhida, rendendo um total de 56 milhões de toneladas. A falta de chuva em algumas áreas nordestinas afeta diretamente o volume de cana esperado e a expectativa é que, na próxima safra, com o fim da estiagem, os canaviais se desenvolvam melhor.
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