O contrato de parceria entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Fundação Eliseu Alves e a Calderon Consulting vai viabilizar a implantação de fábricas de fertilizantes organominerais granulados a partir de resíduos de suínos e aves. O acordo será assinado nesta quinta-feira, 11 de abril, às 15h, na Embrapa Solos (RJ).
Os adubos organominerais aproveitam diversos resíduos orgânicos como os de agroindústrias, criação de animais e restos agrícolas que são processados, estabilizados e devolvidos aos solos na forma de nutrientes. Com isso, reduzem o impacto ambiental da atividade agropecuária e elevam os índices de produtividade do solo. Vale lembrar que os cientistas da Embrapa envolvidos nessa linha de pesquisa visitaram diversas unidades industriais, conhecendo engenheiros envolvidos na produção de fertilizantes.
"Os organominerais proporcionam sustentabilidade na produção agrícola por promoverem a redução em até 10% do uso de fertilizantes químicos, por potencializar a ação microbiana e disponibilizar mais nutrientes no solo. O rendimento do fertilizante é, ainda, 15% superior se comparado aos fertilizantes normalmente utilizados pelos produtores", afirma o pesquisador da Embrapa Solos, Vinicius Benites.
A tecnologia de produção e formulação desse tipo de produto organomineral destina-se à cooperativas de produtores agrícolas, empresários rurais e indústrias de fertilizantes. As fábricas disponíveis variam a capacidade de processamento entre 10 mil e 60 mil toneladas por ano, com custo entre R$ 1,5 milhão e R$ 6 milhões. A estimativa para retorno do negócio é de dois anos.
Nesta parceria, a Calderon Consulting será responsável pela produção das plantas industriais e a Embrapa cuidará da transferência da tecnologia do fertilizante organomineral.
O processo de negociação e a transferência de tecnologia é fruto da articulação entre a Embrapa Solos, Embrapa Produtos e Mercado (Brasília-DF) e seu Escritório de Campinas.