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Domingo, 03 de agosto de 2025

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APOIO DA FAPEMAT

Pesquisa da UFMT estuda uso de caju-do-cerrado na produção de bebidas vegetais fermentadas e pastas cremosas

Foto: Arquivo/ Pesquisador

Cajus-do-cerrado coletados no campo para realização de testes

Cajus-do-cerrado coletados no campo para realização de testes

Um projeto de pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que recebe apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), investiga o potencial da amêndoa de castanha de caju-do-cerrado na formulação de novos alimentos vegetais.


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Segundo o coordenador do projeto, doutorando Cézar da Silva Guerra, do Programa de Pós-Graduação em Agricultura Tropical da UFMT, a pesquisa busca aproveitar o extrato da amêndoa na elaboração de bebidas fermentadas e pastas vegetais do tipo spread. A castanha é o fruto seco; já a amêndoa é a parte comestível.

“Os resultados esperados incluem a comprovação da viabilidade técnica e econômica dos produtos, a publicação de artigos científicos e boletins técnicos, e a contribuição para o fortalecimento da cadeia produtiva da castanha de caju", ressalta o pesquisador.

A castanha, que é o fruto verdadeiro do caju, é aproveitada de forma industrial e gera mais renda do que a polpa da fruta, que é usada para a produção de sucos, doces, polpa congelada ou cajuína (bebida não alcoólica, tipicamente nordestina, feita com o suco clarificado do caju).

Cézar explica que a pesquisa se baseia no uso de espécies do gênero Anacardium, conhecido como cajueiro, nativas do Brasil e também muito comuns na Região Centro-Oeste.

"Embora o Anacardium occidentale, tradicionalmente cultivado no Nordeste, seja amplamente explorado e comercializado, o cajueiro presente no Cerrado mato-grossense permanece pouco aproveitado do ponto de vista comercial. Além disso, as informações técnicas relacionadas à propagação, manejo e aproveitamento de seus frutos ainda são escassas e pouco difundidas no Estado", diz o pesquisador.

Para a preparação da bebida, a amêndoa do caju-do-cerrado é triturada, filtrada, passada por um tratamento térmico e fermentada com cepas de probióticos. Já a o método de preparo de pastas é triturado a seco e transformadas em pasta om a adição de água, óleo de coco extravirgem, açúcar, lecitina de soja e cacau 50%. Esses ingredientes favoreceram a emulsificação e a estabilidade do produto, contribuindo para melhor sabor, textura e tempo de prateleira.
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