Com sinalização positiva às propostas apresentadas no Tribunal Superior do Trabalho (TST) nesta segunda-feira, 28 de setembro, os funcionários dos Correios em Mato Grosso decidiram encerrar a greve da categoria que durou 13 dias. Em Mato Grosso a paralização provocou o acumulo de 1,2 milhão de correspondências para serem entregues.
As principais reivindicações dos servidores eram a não cobrança de uma taxa de 13% no plano de saúde oferecido pela empresa e descontado diretamente no salário, além do reajuste salarial de R$ 300 reais. Eles foram atendidos com aumento de R$ 200 reais, pagos até janeiro de 2017, e o veto ao valor que encarecia o convênio.
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Agora, os trabalhadores participarão de reuniões para discutir as demais exigências, como mais segurança nas Agências que operam como banco, contratações e a entrega de correspondências pela manhã.
Em pouco menos de duas semanas de paralização, 1,2 milhão de correspondências deixaram de ser entregues só em Mato Grosso, enquanto o número de encomendas chegou a 80 mil. Como exigido por lei, a classe manteve ao menos 30% do contingente de funcionários trabalhando para atender a sociedade.
Segundo o coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (Sintec), Alexandre Aragão, os trabalhadores não sofrerão prejuízos financeiros por conta do movimento. “Agora trabalharemos duas horas a mais de segunda a sexta-feira para repor os dias perdidos com a greve. Mas ninguém sofrerá perdas nos salários”, disse.
Ele também explicou que a brevidade da greve é atribuída a força do movimento, que abrangeu o Brasil inteiro. No Estado a adesão foi de 78% na área operacional, entre agências e distribuição, somando aproximadamente 1,2 mil funcionários ativos.