O Prefeito de Colniza, João Assis Ramos (PMDB) decretou situação de emergência depois de uma das principais pontes de acesso a cidade, a do rio Canamã, na BR-174, ter caído. A situação na região é crítica e cerca de 30 mil pessoas estão ilhadas no município de Colniza, a 1.114 km de Cuiabá. Conforme o prefeito, alimentos e gás em média demoram cinco dias para chegar à cidade.
De acordo com o superintendente da Defesa Civil do Estado, coronel Sérgio Demalônica, uma aeronave levará dois agentes do órgão nesta segunda-feira (10) para o município de Colniza.
Segundo o coronel, eles farão um levantamento da situação da cidade, além de levarem mantimentos à população. Ainda conforme o superintendente, a equipe irá percorrer outros três municípios que estão em situações consideradas críticas.
Também nesta segunda-feira (10), o prefeito de Colniza está em Brasília para homolocar à situação de emergência e viabilizar recursos para a reconstrução de aproximadamente oito pontes que caíram durante o período chuvoso deste ano.
“Só neste ano quatro pontes caíram no município. Já na área rural foram seis. É preciso muito investimento para a construção de novas pontes, para se tiver uma ideia uma ponte de concreto construída no ano passado custou cerca de 60 mil reais”, explicou o prefeito.
Ramos informou que no ano passado 137 pontes foram construídas. O município conta com 450 quilômetros de estradas vicinais e que todos os anos sofrem com atoleiros. “A prefeitura já disponibilizou equipamentos como máquina escavadeira e caçambas, para auxiliar a passagem dos veículos que no trecho entre Juruena, Cotriguaçu e Colniza”, afirmou.
Além disso, a população conta hoje com o auxilio de uma balsa, viabilizada pelo governo estadual, para sair da cidade. Com capacidade para 50 toneladas, ela serve como uma das medidas paliativas para os moradores da cidade, saindo do município de Alta Floresta para Colniza, através do rio Juruena.
Ramos também explicou que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Denit) já notificou a empresa responsável pela construção da ponte sobre o Canamã para que efetuar uma obra emergencial. A previsão é que uma ponte de madeira fique pronta nos próximos 90 dias.
