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Sábado, 21 de dezembro de 2024

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invernadas na safra 24/25

Após El Niño, lavouras de soja de MT podem ser prejudicadas com efeitos do La Niña , diz meteorologista

Foto: Joabe Amorim

Após El Niño, lavouras de soja de MT podem ser prejudicadas com efeitos do La Niña , diz meteorologista
A meteorologista da Nottus, Desirée Brandt, afirmou durante o  XXIV Encontro Técnico de Soja, que acontece em Cuiabá, que os efeitos do fenômeno La Niña podem atrapalhar a produtividade das lavouras na safra de soja 24/25. Na safra atual, Mato Grosso sofreu uma perda de produtividade em decorrência da seca causada pelo El Niño.


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O fenômeno do El Niño acontece quando há o aquecimento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial. Durante a palestra, Desirée apontou ainda que o evento do La Niña está previsto para acontecer já no segundo semestre deste ano.

​Ao contrário do El Niño, a La Niña se caracteriza pelo resfriamento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial. O satélite Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA), dos Estados Unidos, indica que a La Niña tem 69% de chance de se desenvolver entre julho e setembro deste ano.

O comportamento do fenômeno promove mais seca no sul e chuvas com mais qualidade e melhor distribuição no Centro-Oeste. Devido às invernadas, existe a possibilidade do aumento de doenças nas lavouras.

"Ainda é uma perspectiva, que precisará ser monitorada nos próximos meses para que se confirme. Por enquanto, os modelos climáticos estão apontando algo dentro do normal, ou seja, sem atraso, e pelo contrário, mostrando até uma condição para um outubro úmido", destacou.

A principal preocupação dos produtores é a possibilidade de redução de chuvas durante o desenvolvimento da soja, o que pode prejudicar o crescimento e a produtividade das lavouras. O monitoramento das condições climáticas e a adoção de estratégias de manejo adequadas são fundamentais para minimizar os impactos climáticos na produção de soja.

"A orientação para os produtores é eles estarem atentos, porque o La Niña ainda deve ser formado. É uma previsão que precisa de um monitoramento para se observar até que ponto este fenômeno climático realmente provocará algum impacto para a safra 24/25.  Normalmente quando se tem uma safra de verão com La Niña, em média, chove menos no Sul e mais no Norte e Nordeste do Brasil. No Sudeste e Centro-Oeste, há chances de períodos frios e chuvosos. Ou seja, historicamente este fenômeno pode trazer um atraso do período úmido, mas por outro lado, prolongar este período", explicou. (Com informações da assessoria).
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