Setor de trading do agronegócio tem renúncia fiscal de R$ 1.01 bilhão em Mato Grosso, referente ao ano de 2023.
Olhar Agro obteve o ranking das 30 empresas que mais foram beneficiadas com a concessão estatal e, dentre elas, apenas a Amaggi é brasileira, sendo três estadunidenses e uma chinesa.
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Maior trading agrícola de capital nacional, composta por pelo menos sete subsidiárias, a Amaggi foi a menos beneficiada do setor, com “apenas” R$ 63,8 milhões de renúncia.
Ocupa o topo da lista a americana Bunge Alimentos S/A, fundada em 1818 e atuante no Brasil há 120 anos, com 24 unidades em Mato Grosso, tendo como renúncia em 2023 R$362 milhões.
Com apenas uma unidade em MT, no município de Primavera do Leste, a Cargill foi fundada em 1865, em Iwoa. De lá pra cá, foi considerada a maior trading do agronegócio mundial, investindo cerca de R$ 2 bilhões no Brasil. Em MT, foi beneficiada com renúncia de R$ 144 milhões.
Atuante no mercado global, presente em 37 países, com 70% dos seus 19 armazéns do Brasil situados em MT, a chinesa Cofco atua na cadeia de abastecimento de grãos, oleaginosas e açúcar, com foco em atender à demanda da China. A empresa tem ativos nas Américas, Europa e Ásia-Pacífico e negocia com mais de 50 países. A renúncia em MT foi de R$ 156 milhões.
A ADM (Archer Daniels Midland Company) foi fundada em 1902, em Minnesota (EUA), está presente em 200 países com mais de 38.000 colaboradores e hoje é reconhecida como uma marca Líder global em nutrição, atendendo todas as necessidades do mercado mundial. Sua renúncia foi de R$ 285 milhões.
A reportagem entrou em contato com as empresas para saber qual o retorno elas dão para o estado diante da volumosa renúncia. O espaço segue aberto para as manifestações.