O ex-senador e empresário do setor avícola, Cidinho Santos, avaliou nesta segunda-feira (9) que o caso de gripe aviária confirmado em uma criação caseira em Campinápolis não representa risco imediato à exportação de frangos, mas serve de alerta para a necessidade de reforço nas medidas de biossegurança das granjas comerciais.

Leia também:
Cidinho alerta para risco de colapso no setor de frango: 'não tem onde estocar, nem mercado para absorver

“É uma preocupação, né? Porque nunca tinha acontecido antes aí um caso de gripe aviária no Mato Grosso. [...] Mas também é uma criação caseira, né? Foi um fato isolado. As aves já foram abatidas, sacrificadas. Eram cerca de 300 aves", disse Cidinho ao Olhar Direto.

Segundo Cidinho, a ocorrência não traz impacto direto para o comércio internacional, já que envolveu uma criação doméstica — diferente do episódio recente no Rio Grande do Sul, que atingiu um matrizeiro comercial e resultou em embargos de grandes mercados como China, União Europeia, Canadá e México.

“Quando é granja comercial aí realmente tem os embargos comerciais, como teve. [...] É só a gente tomar cuidado para que não aconteça em granjas comerciais.”

O Ministério da Agricultura confirmou no sábado (7) a detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em Campinápolis. Este é o quarto foco em aves de subsistência registrado no país e o primeiro em Mato Grosso. Como não envolveu produção comercial, o caso não alterou o prazo de vazio sanitário de 28 dias para retomada das exportações brasileiras.