Conectando empresas à empreendedores, o aplicativo
Autonomoz Driver nasceu há três anos e meio e trabalha, deste então, com a mobilidade corporativa em quase todos os estados do Brasil. Hoje, atua em 73 cidades distribuídas pelos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Diferente de outros apps, Autonomoz intermedia, além de corridas internas, viagens intermunicipais e interestaduais, priorizando sempre a qualidade, eficiência, economia e segurança dos envolvidos. O programa foi desenvolvido pelos irmãos Farias, com intuito de incorporar tecnologia e segurança às operações de logística no transporte.
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A ferramenta tecnológica intermedia o transporte de colaboradores de grandes empresas no modelo Business to Business (B2B), que em tradução literal significa de “empresa para empresa”. Um time comprometido monitora e avalia as viagens que são realizadas por uma ampla rede de motoristas parceiros.
Em aproximadamente três anos e meio, o app faz mais de 16 mil viagens por mês, tem quilometragem rodada mensal superior à 1,2 milhões de quilômetros, passa dos 434 motoristas, faz 2.8 mil checklists por mês e realiza mais de 186 telemetrias.
O app é utilizado por grandes empresas multinacionais, como a Rumo Logística, MRS e VLI, grupos do seguimento ferroviário e em breve, também atenderá empresas de outros segmentos.
Para que um motorista autônomo e microempreendedor possa oferecer os seus serviços na plataforma Autonomoz, que está disponível para ingresso na Playstore, é necessário que cumpra alguns requisitos básicos, que inclusive estão definidos por lei.
Atualmente é exigido ser maior de idade e ter no mínimo 21 anos; ser habilitado com carteira de habilitação definitiva categoria B; ter a observação “Exerce Atividade Remunerada” o EAR, na CNH; ter um atestado de nada consta nos antecedentes criminais e carro com no máximo 8 anos de fabricação, com 5 lugares, e que possua todos os requisitos de segurança e conforto.
Além disso, os motoristas interessados em prestar serviço não precisam ter veículo próprio, podendo ser alugado ou cedido, desde que mantenha condições contratais válidas, e de segurança jurídica.
O grupo
Fundada em 2017 pelos irmãos Maurício e Leandro Dias de Farias, a Autonomoz surgiu como um Centro de Controle de Operacional (CCO) para dar suporte tecnológico às operações logísticas de transporte das empresas do grupo, que na época já atuava em mais de 70 cidades e seis estados. A empresa evoluiu rapidamente e no final do ano de 2018 passou a atuar no segmento de mobilidade corporativa, organizando toda a logística de maquinistas de uma grande operadora do setor ferroviário.
“Executamos o MVP (mínimo produto viável) com um time de operadores trabalhando vinte quatro por sete na central de chamadas, grupos de whatsapp, planilhas de excel e uma equipe de suporte em campo”.
O negócio avançou e ao final do primeiro ano, a Autonomoz batia a marca de 20 mil viagens mensais, com uma operação organizada e que trouxe resultados expressivos às empresas contratantes. Era hora de seguir em frente e investir no desenvolvimento de tecnologias próprias que permitiriam a customização plena de seu modelo de negócios, bem como a escalabilidade da startup.
Foi o que fizeram: entraram de cabeça com muita coragem e determinação em um setor superaquecido e pouco conhecido para eles; montaram um time de tecnologia e começaram a produzir internamente os sistemas de solicitação e despacho de viagens, de gestão operacional e financeira, e claro, os aplicativos dos passageiros e motoristas.
Hoje, a Autonomoz está presente em mais 114 cidades espalhadas por dez estados do país e monitora mais de 750 veículos de operações de transporte contínuo em seu centro de controle operacional. Somando as operações tradicionais e a plataforma de mobilidade corporativa, mais de 2,5 milhões de quilômetros são percorridos mensalmente. A força de trabalho do grupo é de pouco mais de 500 colaboradores diretos e ultrapassa mil contabilizando os motoristas parceiros que geram renda por meio do aplicativo.
A coluna Agro/Negócios conversou com o COO fundador da Logtech, Maurício Farias, que explicou a ideia por trás das soluções de vanguarda com o uso operacional das novas tecnologias. Para ele, o diferencial do projeto é a oferta de uma gama de opções tecnológicas e inteligentes para as operações, dando ao cliente um trabalho seguro e de qualidade.
“Oferecemos novas possibilidades através do uso de tecnologia, dispositivos inteligentes, geolocalização, aliados ao conceito de economia compartilhada e processos estruturados de suporte; isso nos possibilita sermos efetivos, garantindo a entrega do serviço ao cliente com qualidade e segurança", disse.
A Autonomoz usa basicamente o mesmo conceito da Uber, diferenciando-se por atender necessidades específicas das empresas de transporte, além de chegar onde outras plataformas não atuam, entregando segurança e garantia de serviço.
“Em partes, as diferenças são que o nosso negócio é B2B; atendemos empresas e suas necessidades especificas; chegamos onde as outras plataformas não atuam e entregamos um nível de segurança e garantia de serviço (SLA) muito superior à de grandes plataformas focadas na mobilidade urbana de grandes centros.”
A missão da empresa é “tornar operações de transportes e máquinas mais eficientes, econômicas, sustentáveis e seguras”. Além disso, o termo sustentável se destaca na missão da Autonomoz, pois desde o início de 2022 vem trabalhando seus pilares de ESG (Environmental, Social and Governance).
Para 2023, os sócios prometem lançar um novo MVP que, entre outras inovações, inclui veículos 100% elétricos, redução da desigualdade, incentivo ao empreendedorismo com empoderamento de micro empreendedores individuais nas regiões de atuação do grupo.
Para eles, o uso de tecnologia e a ciência de dados por trás das operações é um diferencial na busca por efetividade dos serviços de logística, e as empresas que não se atentarem a esse fato ficarão ultrapassadas.
Na projeção futura feita pelos empresários, “o nome Autonomoz não foi escolhido por acaso, acreditamos que, em um futuro não tão distante, os veículos autônomos vão ser realidade e serão controlados por tecnologia. Estaremos na vanguarda tecnológica para liderar a transição e implantação de máquinas e veículos autônomos em grandes empresas no Brasil e América Latina”.