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Segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

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LIVRE COMÉRCIO É A CHAVE

Acordo entre Mercosul e União Europeia deve estreitar relações e facilitar burocracia, diz embaixador da Ucrânia

Foto: Mayke Toscano/Secom-MT

Acordo entre Mercosul e União Europeia deve estreitar relações e facilitar burocracia, diz embaixador da Ucrânia
O embaixador da Ucrânia no Brasil, Andrii Melnyk, afirmou em entrevista exclusiva ao Agro Olhar que Mato Grosso e o país devem se beneficiar do acordo entre o Mercosul e a União Europeia. A parceria deverá reforçar a diversificação das parcerias comerciais.


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O acordo foi anunciado em 6 de dezembro de 2024. Espera-se, da mesma forma, que o Acordo dinamize ainda mais os fluxos de investimentos, o que deve reforçar a atual posição da União Europeia como a detentora de quase metade do estoque de investimento estrangeiro direto no Brasil.

Os compromissos assumidos conjuntamente pelo Mercosul deverão aprofundar a integração econômica entre os sócios do bloco, entre outros, por fortalecer as instituições regionais, como a Tarifa Externa Comum. O embaixador explicou que uma das maiores barreiras quando se trata de área comercial é a taxação dos produtos e que o acordo deve facilitar a burocracia.

"Isso vai nos ajudar a nos aproximarmos, até porque a Ucrânia já está em processo de integração com a União Europeia e já possui uma Zona de Livre Comércio há dez anos. O comércio livre é a chave para nós", disse.

Andrii pontuou ainda que o acordo entre os dois blocos também deve estreitar o relacionamento comercial entre a Ucrânia e Mato Grosso, principalmente no setor agrícola. O embaixador ressaltou a importância do estado como maior produtor de alimentos no cenário mundial e a importância de que o país não dependa apenas de um parceiro comercial.

Mato Grosso lidera a produção de soja, milho e algodão. A Ucrânia também é um dos maiores produtores e exportadores mundiais de cereais, como trigo, milho e cevada. O país também é o maior exportador de óleo de girassol. 

"Então, acredito que o Brasil deveria pensar em usar esse instrumento que temos agora. Porque se focarmos demais em um parceiro, como fazíamos com a Rússia, não é sempre uma boa ideia. Quando a Rússia decidiu que tinha outros planos, que gostariam de destruir nossa sociedade, eles pararam, introduziram embargos e nós sobrevivemos escassamente. Por isso, nossa experiência mostra que é melhor ter tantos parceiros quanto possível e se beneficiar deles", finalizou.
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