O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou que "não haverá recuo" para a compra de um milhão de toneladas de arroz em decorrência da enchente que atingiu o Rio Grande do Sul. Na terça-feira (11), o Governo Federal suspendeu o leilão sob a suspeita de irregularidades e um novo edital deve ser divulgado em até 10 dias.
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De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a anulação do leilão aconteceu após questionamentos serem feitos sobre as capacidades técnicas e financeiras por parte das empresas vencedoras.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) também apontou conflito de interesses envolvendo o ex-secretário de Política Agrícola, Neri Geller.
Robson Luiz de Almeida França, ex-assessor de Geller, é proprietário da Foco Corretora de Grãos, intermediadora de empresas que venceram três das quatro propostas no leilão de arroz importado realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O mesmo Robson é sócio de Marcelo Geller, filho do ex-secretário, em outra empresa. Agora, os mecanismos para a realização do leilão serão revistos pela Conab. O leilão deverá ter um novo edital em um prazo de até 10 dias.
O objetivo é dar continuidade a retomada da política de estoques reguladores por partes do governo e, assim, evitar qualquer especulação no preço do arroz.
"O presidente Lula quer o arroz e os demais alimentos a um preço justo, que caiba no salário do povo brasileiro. Não haverá recuo dessa decisão”, explicou o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.