O engenheiro Agrônomo e pesquisador em ciência de dados da Fundação MT, Paulo Souza, apontou que o manejo biológico pode trazer um retorno econômico aos produtores de até oito sacas por hectare. A pontuação foi realizada durante o XXVI Encontro Técnico de Soja que foi realizado em Cuiabá.
Leia também:
Braquiária e integração lavoura-pecurária são opções para redução de custos para produtores de MT
O manejo biológico como uma solução altamente vantajosa para o controle de fitonematoides na cultura da soja já é de conhecimento do produtor. No entanto, a questão do retorno econômico ainda gera dúvidas e incertezas.
Segundo o engenheiro agrônomo e pesquisador em ciência de dados, estudos apontam um retorno econômico em intervalo de 4 a 8 sacas por hectare. A estimativa foi calculada em cerca de 60% dos trabalhos realizados, com base em dados da Fundação Mato Grosso e compilação de dados de publicações científicas.
"Foram compilados dados do período de 2014 a 2024 de experimentos realizados na Fundação MT e elaborado uma metanálise com dados de artigos científicos, onde se usaram produtos biológicos e um tratamento controle. Os resultados foram apresentados em retorno em sacas por hectare, excluindo o investimento projetado para cada programa de manejo biológico", explicou Paulo Souza.
Pontos de atenção
Ainda de acordo com o pesquisador, o manejo correto especificamente para cada área é a melhor ferramenta para o produtor incrementar o seu investimento. A escolha e aplicação de produtos biológicos devem ser feitas com base em pesquisa e acompanhamento técnico especializado para garantir a máxima eficiência e retorno econômico.
"A eficácia dos produtos biológicos pode variar de acordo com a espécie de nematoide, tipo de solo, condições climáticas e manejo da cultura. Antes de pensar em investimentos e retorno financeiro, o produtor precisa avaliar as necessidades da sua lavoura, qual o real problema da cultura. Se atentar se aquele produto utilizado é o correto para o nematóide específico’, pontuou.
Em caso de associação com outros produtos no momento da aplicação, o pesquisador orienta que também é preciso verificar a compatibilidade com o produto biológico. “O retorno só será positivo se o produtor avaliar toda a cadeia da sua produção", destacou
. (Com informações da assessoria).