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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Aço no mundo, mais 0,7%. No Brasil, menos 3%

Divulgação

Os 62 países ligados à WorldSteel, entidade mundial do setor de aço bruto, produziram, em outubro, 126 milhões de toneladas, volume 1,3% maior que o de um ano antes. Sobre setembro, alta de 2%. No acumulado do ano, 0,7% mais que no mesmo período do ano anterior, para 1,277 bi de toneladas.

A China, maior produtor, entregou 59,1 milhão de toneladas, no mês passado, com aumento de 6,0% sobre outubro 2011. O Japão, 8,8 milhões, com recuo de 6,7% na mesma base de comparação. A Alemanha produziu 3,7 milhões (+0,3%). No Brasil, 3,2 milhões (+7,7%). Na União Europeia, outros grandes produtores são Itália (2,4 milhões e -10,4%), França (1,3 milhão e -7,2%), Espanha (1,1 milhão e -15,6%).

Nos EUA, a produção foi de 6,9 milhões (queda de 3,3%). Na Turquia, de 2,9 milhões de toneladas (- 6,9%) . Na conta total, a taxa de utilização de capacidade caiu de 77,7% para 76,5% entre setembro e outubro, informa a WorldSteel. Um ano antes, estava em 77,9%.

Setembro
No Brasil, os dados mais recentes da AçoBrasil são de setembro: produção de 2,8 milhões de toneladas, com queda de 0,4% sobre a de um ano antes. De janeiro a setembro, 26,0 milhões de toneladas de aço bruto, ou 3% menos que no mesmo intervalo em 2011. Este ano, em setembro, a produção de laminados foi de 2,2 milhões de toneladas (+4,4% na comparação anual) e 19,9 milhões no acumulado do ano (+3,3%).

As vendas internas em setembro foram de 1,8 milhão de toneladas de produtos, com queda de 1,5% sobre setembro 2011. No acumulado do ano, 16,5 milhões de toneladas, com aumento de 1,1% com relação ao mesmo período do ano anterior. As importações em setembro somaram 341,1 mil toneladas e US$ 368 milhões, totalizando no ano 3,0 milhões de toneladas (+4,9%).

O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos foi de 2,1 milhões de toneladas em setembro e 19,3 milhões desde janeiro, com aumento mensal de 0,5% e de 1,6% na comparação dos acumulados.

As exportações em setembro somaram 772,4 mil toneladas US$ 582 milhões, acumulando no ano 7,4 milhões de toneladas e US$ 5,4 bi - queda de 11,3 % no volume e de 15,5 % no valor sobre as de igual intervalo em 2011.

TRANSPARÊNCIA MELHORA


Sai o novo Índice de Transparência, medido pela associação Contas Abertas: este ano, a nota média é 5,74, melhor que a primeira, 4,48, calculada em 2010. São Paulo foi o primeiro colocado, com 9,29.

O Índice de Transparência avalia conteúdo, frequência de atualização e facilidade de uso dos portais de transparência orçamentária das 27 Estados e do Distrito Federal, com base na Lei Complementar 131/2009, pela qual é obrigatória a divulgação, em tempo real na internet, de informações detalhadas sobre a execução orçamentária e financeira.

Dos 27 portais avaliados, 18 melhoraram no intervalo e 9 perderam pontos. Detalhe: na média, os avanços foram maiores que as quedas. Só oito Estados tiveram nota inferior a 5: Acre, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Roraima e Sergipe. Uma dezena ficou no mesmo patamar.

São Paulo manteve a liderança obtida no primeiro Índice de Transparência nesta segunda edição: nota 9,29 (antes, a nota era bem menor, 6,96). Espírito Santo foi o segundo colocado, com 8,73, subindo do oitavo posto dois anos antes (5,36) - a alta foi de 3,37 pontos, a maior deste Indicador.

Outro destaque foi o do Ceará, que subiu do 20º para o 7º posto, ganhando 2,91 pontos (de 4,18 para 7,09). . O portal de transparência cearense havia alcançado apenas a 20ª posição no Índice de Transparência 2010. De lá para cá, cresceu 2,91 pontos: saiu de 4,18 para 7,09, nota que o credenciou à sétima posição neste ano.

Também avançaram na classificação Rio Grande do Norte (mais 12 posições), Rio de Janeiro (9) e Paraíba (5). A lista dos dez melhores é formada por São Paulo, Espírito Santo, Pernambuco, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rondônia, Ceará, Santa Catarina, Paraíba e Rio Grande do Sul.

Mato Grosso do Sul ficou no último lugar, com 2,98 pontos agora (antes, 4,44, no 18º posto). Na edição anterior, o Piauí fora o último da lista. Os dez Estados com notas mais baixas foram Mato Grosso, Sergipe, Piauí, Roraima, Pará, Acre, Bahia, Amapá e Amazonas.

Os piores desempenhos foram os do Mato Grosso do Sul (perda de 1,46 ponto) e do Paraná (de 0,49 ponto). Entre os Estados que mais perderam posições estão ainda Amazonas (9 posições perdidas), Maranhão (8) e Rio Grande do Sul (7).

Avanços & retrocessos
Defeitos novos do portal de Mato Grosso do Sul: impossibilidade de download das informações, a pequena série história (apenas três anos), o pouco detalhamento da execução orçamentária e a ausência de informações sobre servidores, contratos convênios e licitações (neste último quesito a ausência não é total, mas há poucos dados disponíveis).

Defeito do portal do Paraná (recuo de 4º para 14º): falta da lista nominal dos salários dos servidores estaduais, sua exclusividade no primeiro Índice e eliminada no segundo por liminar judicial.

Melhoras do portal do Espírito Santo: download das consultas individuais e do banco de dados completo, publicação dos salários dos servidores estaduais de forma nominal, apresentação de lista completa dos beneficiários de pagamentos e maior transparência a respeito das receitas.

Melhoras do portal do Ceará: download das consultas individuais, aumento da delimitação temporal de consulta e inclusão de todas as informações relativas à classificação orçamentária da despesa.

As notas do Índice são formadas após análise de mais de cem parâmetros, divididos em três grandes temas: conteúdo (60% da nota final), usabilidade (33%) e série histórica e frequência de atualização (7%).

FÉRIAS PRA QUE TE QUERO?


Por lei, é de 30 dias por ano o período de férias para trabalhadores registrados no Brasil, na Espanha, e na França. E a praxe é o trabalhador gozar todo o período. As férias regulamentares são de 25 dias no Reino Unido, na Noruega e na Suécia, e todos os dias são aproveitados. Mas não passam de 10 dias em países como Coreia e China.

Detalhe: na Itália, a média de aproveitamento é menor que em quase todo o mundo: 20 de 28 dias disponíveis por lei.

Na Coreia do Sul e em Taiwan, as férias legais são as menores do mundo: 10 dias, dos quais os coreanos aproveitam 7 e os taiwaneses, 8.

Nos EUA, as férias legais são pequenas, 12 dias. E a média de aproveitamento também, 10 dias.

A pesquisa é da agência de viagens Expedia, que ouviu 8 mil pessoas em todo o mundo. Outro estudo, da Mercer, diz que os maiores períodos de férias, 30 dias, no mundo, são os acima citados, mais Finlândia. Contando os feriados, o Brasil fica em primeiro lugar nessa lista.

Na Austrália, as férias são de quatro semanas. Na Alemanha, de 24 dias por ano sem contar domingos e feriados. Na Argentina, 14 dias corridos para quem trabalhou meio ano e, mais que isso, mais um dia por mês, mas com teto máximo de 35 dias.

E períodos menores são os da Índia (12 dias) e da China (10 dias). No Japão, depois de seis meses, 10 dias, subindo para 12 depois de 24 meses de emprego sem interrupção. Poucos conseguem mais de 20 dias de férias, mas há uma vantagem: há 14 feriados nacionais. No México, as férias são de 6 dias após o primeiro ano de trabalho, aumentando dois dias a cada ano até chegar ao máximo de 12 dias em quatro anos. A partir daí, dois dias a cada cinco anos. No Canadá, 10 dias, podendo chegar a duas semanas dependendo do governo local.

Feriados & folgas
Outra pesquisa, esta realizada pela Federação das Indústrias do Estado de Rio de Janeiro, os feriados brasileiros causam prejuízo de até R$ 45 bi, dos quais a maior parte (R$ 15 bi) em São Paulo, seguindo-se Rio (R$ 5 bi), Minas (R$ 3,6 bi) e Rio Grande do Sul (R$ 2,9 bi).

Nos Estados com maior número de feriados, essa folga chega a 5,3% do PIB industrial. Mas as menores perdas não são menores que 4% desse PIB. O pior, diz o estudo da Firjan, é o hábito brasileiro de enforcar dias úteis entre feriados nacionais, prática também chamada de ponte ou emenda.

E o seguro saúde?
Este ano, as empresas estão oferecendo a cada funcionário um plano de saúde com custo médio de US$ 10,5 mil/ano, revela a Pesquisa de Planos de Saúde, realizada pela consultoria Mercer e divulgado esta semana. Esse custo médio aumentou 4% sobre o do ano anterior, quando a alta fora maior (6%).

Na pesquisa, foram incluídas mais de 2 mil i organizações públicas e privadas com dez empregados, no mínimo. A baixa de custo, diz a consultoria, decorre da substituição de funcionários de salário maior por outros, com rendimento menor, fenômeno observado em quase todo o mundo. Sem isso, o custo unitário dos planos de saúde teria aumentado mais de 7%.

Para 2014, as empresas estão prevendo gastos maiores, também decorrentes da redução do desemprego. Este ano, houve ligeiro aumento (de 55% para 59%) no número de empresas que oferecem cobertura de saúde a seu pessoal. O número havia caído no ano anterior.

Detalhe: o aumento foi maior entre os pequenos e médios empregadores (de 10 a 49 funcionários), normalmente os menos propensos a oferecer plano de saúde e os mais rápidos a cortá-los quando os custos sobem.

A VEZ DA FRANÇA
A Moody's rebaixou a nota da dívida de longo prazo da França, de AAA para AA1. No começo do ano, também a Standard and Poor's fizera o mesmo. Explicação: as "perspectivas econômicas de longo prazo estão afetadas de forma negativa por múltiplos desafios estruturais, com perda de competitividade gradual, mas contínua, e a falta de flexibilidade no mercado trabalhista, de bens e de serviços".

Não procede
O governo do socialista François Hollande retrucou, dizendo que fundamentos da economia são bons e as reformas estão sendo realizadas na França.

Sem exagero
Para o governo da Alemanha, o rebaixamento é um alerta para todos os países, mas pediu cautela ao que chamou de excesso de dramatização do corte.

Na defesa
O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, afirmou que a Eurozona supera sua crise da dívida e está determinada a preservar a moeda única. "Mais que uma moeda, o euro é símbolo da integração europeia", disse.

Queda mais suave
O PIB da Espanha ensaia fechar o ano em queda de menos que o 1,7% antes previsto, disse o primeiro-ministro Mariano Rajoy, já havendo "pequenos sinais de melhora" que levarão a melhor desempenho em 2013. Melhoras citadas: aumento nas vendas de imóveis e eletrodomésticos.

Recessão
O PIB da Zona do Euro retrocedeu 0,1% no terceiro trimestre, depois de ter caído 0,2% no trimestre anterior, segundo o Eurostat.

Greve geral
Greve nacional na Argentina, nesta terça 20 de novembro, convocada pela Central Geral dos Trabalhadores e pela Central de Trabalhadores Argentina, contra a inflação, por mudanças no piso para cobrança de imposto de renda e por aumento no salário mínimo.

Desemprego
O Indec, instituto de estatísticas argentino, calcula em 7,6% a taxa de desemprego no país no terceiro trimestre (7,2% no primeiro e 7,1% no segundo). Um ano antes, estava em 7,2% da população economicamente ativa.

Deflação
Boa notícia: na prévia dos dez dias entre 21 de outubro e 10 de novembro, a FGV detectou deflação no Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M): -0,16%, sobre alta de 0,15% no mesmo período do mês anterior. No atacado, a deflação foi de -0,35%, compensando altas de 0,23% no varejo e de 0,17% na construção civil. No mesmo período do mês anterior, todas as taxas estavam em alta: 0,01% no atacado, 0,52% no varejo e 0,21% na construção civil. Vamos melhorando.

O melhor ano
Para a Secretaria-Geral da Presidência, 2013 será o melhor ano da gestão Dilma Rousseff, com projetos amadurecendo e favorecendo a gestão econômica.

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