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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Boa notícia: juro do cartão cai, afinal!

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Novidade na pesquisa de outubro, sobre as taxas de juros, feita pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade: caiu de 228,17% ao ano, em setembro, para 192,94% ao ano em outubro a taxa média do cartão de crédito rotativo que, pela primeira vez na história recente, ficou abaixo de 10% ao mês.

Além dos juros do cartão, caíram os do comércio, do CDC para financiamento de automóveis, do empréstimo pessoal feito por bancos e financeiras, agora nos menores patamares desde o início da pesquisa, em 1995. Outra boa notícia: as taxas para pessoas jurídicas também são as mais baixas do período. Em outubro, a Anefac anotou a oitava redução de juros no ano.

Este recuo é atribuído à melhora dos indicadores econômicos e à maior competição no sistema financeiro após o corte promovido pelos bancos públicos. A expectativa é de novos cortes nos próximos meses, por conta desses fatores e do avanço da economia ao longo do segundo semestre, além da esperada redução dos índices de inadimplência.

A Anefac também comparou as reduções da taxa básica de juros (Selic) e a baixa nas taxas médias de juros de mercado, de julho 2011 a outubro 2012.

A Selic caiu 5,25 pontos percentuais (ou 42,00%), passando de 12,50% para 7,25% ao ano. E a taxa de juros média para pessoa física teve redução de 31,09 pontos percentuais (ou 25,65%), refluindo de 121,21% para 90,12% ao ano. E os juros para pessoa jurídica caiu menos, 15,60 pontos percentuais (ou de 25,56%) descendo de 61,03% para 45,43% ao ano.

Das seis linhas de crédito para consumo pesquisadas pela Anefac, todas foram reduzidas de setembro para outubro. A taxa de juros média geral caiu de 96,93% para 90,12% ao ano, a menor taxa desde 1995. E das três linhas de crédito para produção, também todas ficaram menores, com a média recuando 4,98%, de 47,81% para 5,43% ao ano, a menor desde 1999.
Mais recuperações
Informa o Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações: foram feitos, em outubro, 49 pedidos de recuperação judicial, menos que os 57 de setembro e mais que os 27 de um ano antes. Dos pedidos de outubro, 22 partiram de micro e pequenas empresas, 18 de médias e 9 de empresas de grande porte.

Diz a consultoria que "a melhora gradual da atividade econômica leva ao recuo nos pedidos de recuperações judiciais. Há uma situação de maior liquidez para as empresas, que estão em melhores condições de gerar caixa devido às encomendas para o Natal, e com mais recursos financeiros para pagar seus débitos com juros mais baixos".

Aumentou de 135 para 152 o número de falências requeridas, de setembro para outubro, alta decorrente da maior quantidade de dias úteis neste mês (22 dias e 19). A consultoria diz ainda que "pedidos de falência continuam sendo utilizados como instrumento de cobrança, e são fortemente utilizados neste período de maior oportunidade de pagamento diante da maior geração de caixa". Além disso, falências são processos iniciados no passado e as decretações em outubro não refletem a conjuntura presente.

Mais confiança
Informa o Índice Nacional de Confiança ACSP/Ipsos: a confiança do brasileiro cresce com segurança no emprego e incentivos monetários e fiscais, tendo passado de 158 pontos para 166 pontos, de setembro para outubro. O indicador é elaborado a pedido da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo. Um ano antes estava em 155 pontos, e, em outubro de2010, em 152 pontos.

A classe C foi a mais otimista em outubro, com 167 pontos (157 em setembro), seguida pelas classes A/B, com alta de 163 para 164 pontos. As classes D/E foram as menos otimistas, passando de 139 para 146 pontos.

O Sul continua com mais otimismo (de 182 para 191 pontos entre setembro e outubro), seguido por Norte/Centro-Oeste (de 167 para 177 pontos). No Sudeste, o indicador caiu de 171 para 170 pontos. O Nordeste foi a região menos otimista, mas teve o maior crescimento, de 124 para 142 pontos.

SOJA NA CONTRAMÃO


Informa a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais: o Brasil vai exportar, este ano, mais de 31,5 milhões de toneladas de soja e vai processar para o mercado interno e exportação mais 35,1 milhões de toneladas.

Ou seja, "o Brasil é o único país do mundo que incentiva as exportações de matéria-prima em detrimento de produtos com valor agregado, o que compromete a competitividade da indústria". Vendendo mais soja que farelo e óleo, o Brasil perde competitividade, e a causa principal são problemas tributários, alerta a Abiove.

Diz mais: a capacidade de processamento das unidades ativas da indústria brasileira de oleaginosas é de 158 mil toneladas/dia. Desse total, 67% são utilizados, restando, portanto, uma ociosidade de 33%. A pesquisa de capacidade instalada em 2012 revela que o Brasil, segundo maior produtor mundial de soja e quarto processador, exporta mais soja em grãos do que produtos de maior valor agregado, como farelo e óleo."

"O país desonerou totalmente a exportação de soja, mas ainda tributa a produção de farelo e óleo, destinada à exportação, com ICMS e Funrural, e o ressarcimento do PIS e Cofins se estende por anos."

"O crescimento da capacidade de processamento em 4% sinaliza uma frágil recuperação da indústria em 2012 para um patamar inferior a 2010. Chega-se claramente à conclusão de que o país poderia desenvolver muito mais sua indústria de óleos vegetais, com mais agregação de valor às suas vendas externas e geração de empregos, localmente, por meio de um aperfeiçoamento da política tributária."

"É o que tem feito a Argentina, terceiro maior produtor mundial de soja. O país vizinho incentiva a industrialização e os embarques de farelo e óleo por meio de uma menor tributação sobre os produtos, ao contrário do que faz o Brasil."

"Note-se que a capacidade instalada de processamento, na Argentina, era a metade do Brasil em 1996 e atualmente é maior que a brasileira. Em 2011, era de 175 mil t/dia, em relação a 169 mil t/dia no Brasil".

PIBINHO ESTE ANO?
Saiu o Índice de Atividade Econômica do Banco Central, o IBC-Br, que antecipa a evolução do PIB: recuo de 0,52% de agosto para setembroi, com dados dessazonalizados. No acumulado do ano, a expansão é de 0,92% sobre o mesmo período de 2011, também dessazonalizada. E em 12 meses, nos mesmos termos, a alta é de 0,98%.

A primeira
Foi a primeira queda do IBC-Br desde março (-0,18%) e a maior retração do índice desde outubro 2011 (-0,58%). O índice do BC leva em conta o desempenho da agropecuária, da indústria e dos serviços, mais impostos sobre produtos.

Setembro melhor
Na comparação setembro/setembro, o IBC-BR teve alta de 2,39%. E de agosto para setembro, sem ajuste sazonal, queda de 4,68%. No terceiro trimestre, o IBC-Br continuou em alta, 1,15% agora, sobre 0,61% no segundo e 0,26% no primeiro trimestre.

Neste ano
De janeiro a setembro deste ano, sobre a do ano anterior, a elevação é de 1,20% (sem ajuste sazonal). O Ministério da Fazenda prevê PIB aumentando 2% este ano (menos que os 4% e 3% antes previstos). O BC projeta 1,6% de avanço (menos que os 2,5% anteriores). O mercado financiero, 1,54%.

Antes
Em 2011, o PIB cresceu 2,7%. Em 2010, tinha avançado 7,5%, depois do recuo de 0,3% em 2009.

Genéricos avançam
Informa a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos): no terceiro trimestre, em comparação com o mesmo período de 2011, a venda de medicamentos genéricos cresceu 16,6% em volume, passando de 154,1 milhões de unidades para 179,7 milhões, segundo dados do IMS Health, instituto auditor do mercado farmacêutico global. O faturamento, na mesma comparação, cresceu 21%, de R$ 2,3 bi para R$ 2,8 bi.

Alerta
Detalhe: essa foi a menor expansão em um terceiro trimestre desde 2001, quando os genéricos começaram a ser vendidos no mercado brasileiro. E, se o resultado segue sendo bastante positivo para o setor, chama a atenção pelo ritmo menor de avanço, por "algum reflexo de desaquecimento econômico ou comprometimento da renda".

Ritmo menor 1
No acumulado do ano até setembro, a venda de genéricos cresceu 19,8% em unidades este ano: menos que em 2011 (31,8%) e 20120 (32,8%).

Ritmo menor 2
O mercado farmacêutico total também perdeu ritmo no terceiro trimestre: foram vendidos 680,6 milhões de unidades neste ano, com alta de 12%, abaixo dos 13% de avanço no terceiro trimestre do ano passado sobre o do ano anterior.

Boa fatia
A participação dos genéricos no mercado total continua a aumentar: 26,6% do total este ano e 25,6% um ano antes. Essa fatia deve chegar a 30% ao final de 2013. Segundo a ProGenéricos, a venda desses medicamentos, desde sua criação, resulta em economia equivalente a R$ 30,4 bi aos consumidores brasileiros até agora. As associadas da Pró Genéricos concentram mais de 90% das vendas do segmento.

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