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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Emprego Rural: Trabalho! Mais trabalho!

Como acabar com essa crise do desemprego em Mato Grosso? Trabalho! E mais trabalho!

Em Mato Grosso cabe incentivar bastante o crescimento da economia rural. Pois o nosso Estado tem grandes extensão territorial com propriedades produzindo grãos, carne, e possui um enorme potencial madeireiro a ser explorado em forma de manejo florestal.

É preciso que seja dado mais apoio, investindo no desenvolvimento das atividades indústrias que agregariam mais valores à produção rural, às atividades que forneçam matéria-prima para abastecer a economia local e do Estado.

Pois bem. O setor de base florestal é e sempre será, um dos mais importantes, e que tem seu papel preponderante no desenvolvimento e na sustentabilidade da economia do Estado, pois suas atividades envolvem o homem do campo. Bem este tipo de trabalhador que é o que menos se adapta às atividades urbanas, e que se vê pressionado a fazer o êxodo e se deparar com os transtornos que são as questões urbanas, como saúde, educação, transporte, violência, moradia... Justo este que está menos preparado para as condições de vida urbana. O setor de base florestal gera uma considerável quantia de empregos direto e indiretos e reflete positivamente no desenvolvimento. (conforme já descrito no meu artigo: MT: quantos dependem da floresta?).

Quando o setor de base florestal vai bem, as outras atividades rurais também melhoram consideravelmente. Pois muitas das questões de infraestrutura como estradas, pontes são feitas manutenção com apoio do próprio empreendedor no momento de escoar o seu produto, o que ajuda e muito o poder público e também outras atividades que se beneficiam direta e indiretamente.

As atividades econômicas rurais em geral, merecem total apoio com incentivo às instalações de indústria de beneficiamento de alimentos, frigoríficos diversos, esmagadoras de soja e castanhas para produção de óleos, fábricas de doces, sucos, farinhas. Também se devem atrair as instalações de Indústria têxteis em Mato Grosso, para aproveitar a sua farta mão de obra que existe, e grande produção de plumas de algodão, grãos, carnes, madeiras, frutos, que o Estado possui.

É preciso atrair investidores com incentivo a instalarem fábricas e indústrias moveleiras para aproveitamento do enorme potencial produtivo da região madeirável, e da mão-de-obra existente e disponível.

O Estado está perdendo demais, desde que iniciou uma enérgica política nacional de meio ambiente, onde promoveu a aniquilação do setor de base florestal e rural, que é e foi bastante sentida em nosso Estado.

Ora. Todo político de carreira e empresários do setor são sabedores de que Mato Grosso vem passando por período difícil e de desestabilização do setor de base florestal, aliado a constantes e frequentes alterações da legislação ambiental. E ainda apesar disso tudo, ainda passa o órgão ambiental por diversas e necessárias adaptações.

Pois bem. A economia rural do Estado se sustenta principalmente num tripé: Madeira, pecuária e agricultura. Assim, já é um indicativo de que tais atividades necessitam de uma atenção especial por parte do governo, visando paulatinamente, fazer todo o beneficiamento de toda matéria prima produzida dentro do nosso Estado, assim agregando mais valor à produção regional e localizada nos municípios produtores. Fazendo com que as atividades e empreendedores, bem estimulados, favoreçam a fixação de trabalhadores no campo e nos municípios. Promovendo, dessa forma, mais desenvolvimento para o interior do Estado e aproveitando da produção primária, gerando emprego e renda, e quem sabe assim, reduzindo os problemas urbanos que tanto afetam as grandes cidades.


Mato Grosso tem enorme potencial produtivo no campo. Bastando ação firme de um governo visionário com capacidade de entender o funcionamento e dinâmica que melhor se adeque ao Estado, e que este dinamize sua economia e permita que as atividades rurais se desenvolvam com vigor e força marcante na sustentabilidade, impulsionando o crescimento do país, garantindo que obtenha mais credibilidade no cenário internacional.



*Domingos Sávio Bruno é Engenheiro Florestal - Inspetor Chefe Do CREA/MT-VG, dosaviob@gmail.com
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