Olhar Agro & Negócios

Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Uma entidade só se mantém se tiver renovação de cargos

Lamentável a crescente uniformização de conceitos, numa simplificação grosseira da complexidade das relações humanas. Lamentável a falta da compreensão que permeia a sociedade humana por uma aculturação política que a leva a uma ‘Idade das Trevas’. Lamentável enfim o falar de pessoas e não o das ideias.

O que aconteceu nas últimas décadas? A ciência e a tecnologia nos deram, e continuam dando, poderes cada vez maiores sobre o mundo e sobre nós mesmos.

Estamos enfrentando, já agora, questões e alternativas que não dizem respeito somente às nossas vidas, mas também à vida das gerações futuras. Estamos em condição de decidir, no presente, o que poderá ser o nosso futuro. Desde sempre, pensar moralmente significa assumir o ponto de vista do todo.

Não precisamos encontrar convergência em tudo. Não devemos nos deixar levar pelo delírio de uma uniformidade de valores. Trata-se apenas de chegarmos a um acordo mínimo sobre aquilo que concerne a todos indistintamente. Um campo decisivo de problemas, no qual se evidencia esta exigência, diz respeito ao equilíbrio ecológico. As nossas responsabilidades morais nascem do nosso poder sobre o ecossistema.

Cada avanço da ciência, cada avanço da tecnologia aumenta este poder. O progresso técnico-científico exige progresso moral. A dignidade humana consiste justamente no fato de o homem poder escolher quem quer ser.

Nós só poderemos enfrentar os dilemas éticos e as escolhas que estão a nossa espera, se conseguirmos aprofundar, desenvolver, tornar mais aprimorados os instrumentos da nossa tradição. Estamos perfeitamente cientes de que os desafios provenientes da tecnologia, da confrontação entre as culturas, das visões são extremamente difíceis, mas passíveis de escolha para trilhar o caminho do futuro.

Que, nem tenhamos criado uma entidade onde permitamos o surgimento de uma nova classe bem definida por Milovan Djilas, nem que se traduza em palco para a defesa de interesses menores.

Para um tempo em que decisões são tomadas por algoritmos em nano segundos, não nos esqueçamos de que o mote deveria ser: a entidade não deixará que produtores caiam do barco da produção sem serem resgatados. Desafios imensos se avizinham pelas vulnerabilidades nacionais, mas lembrando da expressão, de que gostaríamos de ser netos de nós mesmos para ver tamanhas transformações que Mato Grosso passará.

Por isso, deixo registrado o meu apoio à candidatura de Reck Junior e sua chapa “Unir Para Fortalecer”, para o próximo biênio da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT).

Ele reúne condições como ser focado e jovem e ter uma história bonita nestes 30 anos que estamos construindo a agricultura em Mato Grosso. Participou da entidade, cumprindo com todos os degraus e ao longo deste tempo deu demonstrações inequívocas de suas competência e liderança.

Porque acredito que uma entidade de representação de classe só se mantém se tiver renovação de cargos. Sempre defendi essa renovação de liderança e por isso endosso a candidatura pois conheço o Reck e os membros da chapa e sei que têm predicados que os qualificam para os desafios da agricultura que a estamos sujeitos e os que ainda virão.


*Rui Alberto Wolfart é engenheiro agrônomo e produtor rural em Nova Maringá.
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