A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) reconheceu nosso trabalho. Após a ocorrência de um caso confirmado de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) atípica, conhecido como mal da ‘Vaca Louca’, em Mato Grosso, o status brasileiro para EEB foi mantido como de 'Risco Insignificante', a melhor classificação existente. Esta é uma excelente notícia para os pecuaristas, pois legitima todo o trabalho e cuidado que os produtores de proteína vermelha têm com a saúde de nosso rebanho.
Mato Grosso, que possui o maior rebanho comercial brasileiro e é o segundo maior exportador, não merecia ter sua credibilidade abalada por uma ocorrência espontânea e que pode acometer qualquer animal em qualquer lugar do mundo. O EEB Atípica é uma mutação, não uma doença provocada, como é o caso da EEB Clássica.
O mais importante, e o que contribuiu muito para a manutenção do status sanitário, é a transparência e agilidade com que tudo ocorreu. Desde a identificação do animal caído no frigorífico até a confirmação do laboratório credenciado pela OIE, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, bem como seus agentes, agiu com competência e seriedade. Todos os procedimentos protocolares foram cumpridos e comunicados formalmente, não deixando espaços par dúvidas e especulações.
Agora, o desafio é garantir nosso espaço no mercado, de forma competitiva e coerente. Temos que mostrar ao mundo que nossa carne é de qualidade e que nosso modelo de criação é sustentável economicamente, ambientalmente e sanitariamente.
Não há como permitir que o fato ocorrido seja tratado como instrumento de barganha para desvalorizar nosso produto. E mais uma vez a atuação do Ministério é indispensável para manutenção de mercados.
Para que o sucesso da pecuária de brasileira seja contínuo é preciso continuar a busca pela excelência, tratar com seriedade o negócio e não permitir que incidentes manchem a produção.
* Luciano Vacari é gestor de Agronegócios e Superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso - ACRIMAT
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