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Quinta-feira, 21 de novembro de 2024

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Não aos impostos, sim ao emprego

Assessoria

O Brasil atravessa um dos mais complicados momentos de sua história. Enfrentamos, de forma simultânea, uma crise política, uma crise econômica, uma crise fiscal e uma crise de credibilidade – sem precedentes. Vencer cada crise sem agravar a outra é um grande desafio para o nosso país.

No final do primeiro semestre de 2015, ainda na busca de equilibrar as suas contas, o Governo Federal aprovou na Câmara dos Deputados um projeto de lei que aumenta os impostos incidentes sobre a folha de pagamento de diversos setores intensivos em mão-de-obra. Registro que votei contrário à proposta.

Agora, a mesma matéria vai ao Senado e é preciso analisar os reais benefícios de tal medida ao país. Para alcançar o equilíbrio fiscal, o governo está adotando a fórmula de aumentar impostos. Porém, ao tentar cobrir a cabeça, o governo descobre os pés. Pois esta medida que quer acudir o equilíbrio fiscal agrava o desemprego e a crise econômica no país.

Afinal, ninguém aguenta pagar mais impostos no Brasil. É importante destacar que os setores afetados por esta lei empregam muito e precisam garantir competitividade para sua sobrevivência.

Nossa prioridade neste momento deveria ser a de preservar o emprego e estimular o setor produtivo. Mas, na contramão, aumenta-se energia, combustível, juros, inflação, impostos e tributos sobre a folha de pagamento – onerando ainda mais a produção.

O resultado é evidente: mais desemprego.

Quando houve a aprovação da matéria na Câmara, a resposta das empresas não demorou a chegar. Já no dia seguinte, os setores de construção e maquinário anunciaram a expectativa de desempregar mais de 630 mil trabalhadores.

Então, qual a saída para o necessário ajuste fiscal do país? A mesma que utilizarão as milhares de famílias eventualmente desempregadas com esta medida: cortar gastos! Pois, quando o cobertor está curto, só há uma saída: diminuir o tamanho do gigante a ser coberto.

Digamos não ao aumento de impostos e sim ao emprego.



*Fabio Garcia é Deputado Federal e presidente do Diretório Regional do PSB em Mato Grosso
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