Olhar Agro & Negócios

Quarta-feira, 04 de dezembro de 2024

Artigos

Na seca, volta a pior energia

Divulgação

Neste sábado, mais usinas termelétricas serão acionadas, para manter a oferta de energia neste período de seca por quase todo o país. A informação é do Operador Nacional do Sistema Elétrico, o ONS, que há uma semana fez voltar a funcionar as primeiras usinas movidas a óleo.

Já estavam operando termelétricas a gás, com despacho de 7.000 megawatts médios. Com as térmicas a óleo, foram acrescentados de 3.500 e 4.000 megawatts médios. Para o ONS, a fase de seca está terminando, com chuvas mais fortes ocorrendo no Sul e no Sudeste, mas ainda não chegou às cabeceiras dos rios. Nesta quarta-feira, o nível dos reservatórios da região Sudeste e Centro-Oeste era de apenas 39,33% da capacidade. No Sul, de 37,99%. No Nordeste, de 35,7% e no Norte, de 43,76%.

Ao colocar as termelétricas em operação, o ONS tenta manter a situação dos reservatórios das hidrelétricas até que seja ultrapassada a curva de aversão ao risco de falta de energia - no Sudeste e Centro-Oeste, o limite dessa curva é 36,19% e no Nordeste, de 35,51%.

A energia das térmicas é mais suja e mais cara que a das hidrelétricas. Em setembro, elas não foram acionadas e calcula-se ter sido evitado gasto de R$ 1,4 bi. Os cálculos sobre custos de geração em outubro não foram ainda divulgados, mas a energia das térmicas a óleo tem custo marginal de R$ 320 por megawatt-hora.

Até janeiro, o ONS vai entregar à Empresa de Pesquisa Energética um estudo para embasar a defesa da realização de leilões regionais de energia para aumentar a confiança do sistema elétrico nacional. Para o ONS, esses tipos de leilões são importantes para instalar térmicas à gás no Sul do país e aumentar a capacidade de geração de energia dessa região.

Desemprego continua baixo


Notícia para dar inveja a europeu: a taxa de desocupação deste setembro foi a menor nesse mês, em dez anos, com 5,4% apurados pelo IBGE nas regiões metropolitanas de sua pesquisa (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio, São Paulo e Porto Alegre). É menor que a de um ano antes (6%) e quase a mesma de agosto (5,3%).

A população desocupada foi estimada em 1,3 milhão de pessoas, ou 8,6% abaixo da de setembro do ano passado, com 125 mil pessoas tendo encontrado algum serviço no intervalo. A população ocupada, 23,2 milhões, cresceu 0,9% no mês e 2,3% em 12 meses, significando acréscimo de 512 mil pessoas nesse período.

O IBGE informa, ainda, que o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado permaneceu estável em 11,4 milhões, sobre agosto, mas aumentou 3,6% sobre setembro 2011, com mais 393 mil carteiras assinadas.

Foi de R$ 1.771,20 o rendimento médio real habitual dos ocupados, também estável em relação a agosto e 4,3% maior que o de um ano antes. A massa de rendimento real habitual somou R$ 41,3 bi, com aumento mensal de 0,9% e de 6,5% em relação a setembro 2011. O crescimento em setembro foi menor que o de agosto, na mesma base de comparação (1,3% e 7,1%).

Na análise mensal, a taxa de desocupação caiu em Recife (de 6,7% para 5,7%), cresceu em São Paulo (de 5,8% para 6,5%) e ficou estável nas demais regiões. Sobre a de um ano antes, o IBGE detectou recuo em Salvador (2,8 pontos percentuais), Rio de Janeiro (1,3 ponto percentual), Porto Alegre (1,2 ponto percentual) e em Belo Horizonte (1,0 ponto percentual). Em São Paulo e Recife o quadro ficou estável.

O nível da ocupação (proporção de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade ativa) foi estimado em setembro em 54,5%, com alta mensal de 0,5 ponto percentual.

O rendimento médio real aumentou, de setembro a setembro, nas regiões metropolitanas do Recife (12,5%), de Belo Horizonte (9,3%) São Paulo (6,3%) e Porto Alegre (6,1%). Recuou nas regiões de Salvador (3,5%) e do Rio (0,4%). Por atividade, o maior aumento (6,6%) foi para quem presta serviços domésticos. O menor (1,9%), para o pessoal da construção civil. Quem trabalha por conta própria teve rendimento médio 7,7% maior. Para os empregados com carteira, a alta foi de 4,3%, para os militares e funcionários públicos, de 4%. Quem não tem carteira teve aumento de 3,5%, sempre na comparação anual.

EM QUE SITUAÇÃO ESTÃO NOSSAS ESTRADAS


Nova pesquisa sobre o estado das rodovias, divulgada pela Confederação Nacional dos Transportes, informa ter caído o percentual de estadas consideradas boas ou ótimas e aumentado o das apenas regulares, ruins ou péssimas, entre 2011 e 2012. Nesse intervalo, foram acrescentados 3 mil quilômetros na amostra.

Foram analisadas as condições de pavimentação, sinalização e geometria de 95,6 mil quilômetros de estradas, ou toda a malha federal pavimentada, as principais rodovias estaduais pavimentadas e as confiadas a concessionárias. São federais 65,2 mil quilômetros, e estaduais, 30,4 mil. Dos quilômetros avaliados, 80,3 mil estão sob gestão pública e 15,3 mil sob gestão de concessionárias. Calculou-se em R$ 190 bi os investimentos necessários para melhorar a situação geral.

Na comparação das duas pesquisas, a qualidade das estradas sob concessão se manteve estável, com índice de 86,7% de avaliações positivas (boa e ótima) este ano e 86,9% em 2011.

Foram as rodovias sob gestão pública a puxar o índice geral para baixo: só foram consideradas boas ou ótimas 27,8% delas (33,8% no ano passado).

No Sudeste, foram avaliados 27,2 mil quilômetros de rodovias, no Nordeste, 26,7 mil, no Sul, 16,8 mil, no Centro-Oeste, 14,5 mil, e no Norte, 10,4 mil.

O maior percentual de rodovias em ótima situação foi encontrado em São Paulo (49,9% do total), seguido por Rio (20,6%) e Paraná (18%). E os Estados com maior percentual de estradas em péssimas condições são Acre (38% do total), Roraima (25,3%) e Amazonas (22,5%).

Na avaliação da pavimentação, a CNT encontrou 49% das estradas com pavimento ótimo e bom em 5,1%. Pavimento regular foi encontrado em 46% delas, ruim em 8,6% e péssimo em 3,9%.

Sinalização correta (condições das faixas, visibilidade e legibilidade de placas) e em ótimo estado foi achada em 12,1% das estradas, boa em 21,7%, regular em 30,5%, ruim em 19,9% e péssima em 15,8%.

EM TERRA DE CEGOS...


No estudo Sinais de Competitividade das Américas, a Rede Interamericana de Competitividade coloca o Brasil como o maior investidor em inovação, ciência e tecnologia entre os países da América Latina e do Caribe. Triste consolo: diz o mesmo estudo que os latino-americanos são historicamente atrasados nessa área e faltam políticas públicas e privadas para desenvolver o conhecimento.

O documento foi apresentando no 6º Fórum da Competitividade das Américas, que se realiza esta semana na Colômbia. Nele, é analisada a aplicação dos dez princípios gerais da competitividade, definidos no encontro anterior, em Santo Domingo, em 2011.

Com dados do BID e da Cepal, a conclusão é que os investimentos nessa área, na América Latina, são de 0,7% do PIB, ou 25% inferiores aos da média dos países desenvolvidos. No Brasil, o percentual sobe a 1,2% do PIB, acima da média continental, mas cerca de metade da média dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, 2,40%.

Outro detalhe: na América Latina e Caribe, os investimentos em inovação, pesquisa e desenvolvimento se concentram nas universidades e instituições públicas (59% do total), bem mais que nos países da OCDE (35%).

10 Mandamentos
O Consenso de Santo Domingo inclui estes compromissos:

1) promover educação de alta qualidade, a transparência na gestão governamental (via marco institucional e regulatório estável e eficiente para os negócios e o investimento),

2) impulsionar a concorrência nos mercados e a conduta ética nas relações entre o setor público e o privado (pelo fortalecimento do estado de direito),

3) dar prioridade ao desenvolvimento do capital humano e a promover a formação para o trabalho e para a aquisição de novas competências,

4) incentivar o desenvolvimento de infraestrutura moderna e eficiente intra e inter países, fomentar a rápida adoção de novas tecnologias de informação e de comunicação,

5) considerar a inovação como fator determinante para a competitividade (com maior investimento público e privado em pesquisa e desenvolvimento e adoção de políticas e estratégias específicas).

6) melhorar o acesso ao capital para os atores econômicos, especialmente para as pequenas e médias empresas e os empreendedores,

7) promover mecanismos público-privados para aumentar a inclusão financeira,

8) fomentar a igualdade, a inclusão, o empreendimento social e a adotar e aplicar princípios de responsabilidade social e empresarial, bem como a igualdade de gêneros,

9) incentivar o comércio e a integração, a competitividade e a produtividade da indústria, priorizando as pequenas e médias empresas,

10) promover a eficiência e o desenvolvimento energético para a sustentabilidade ambiental e de baixos níveis de carbono.

CONSUMO & CAUTELA
Saiu a prévia do Índice de Confiança do Consumidor, medido pela FGV: neste outubro, o ICC recuou 0,3%, passando de 122,1 para 121,7 pontos, mantendo-se bem acima da média histórica de 112,2 pontos. O ICC vai de 0 a 200 e pontuação acima de 100 indica confiança.

Presente & futuro
A relativa estabilidade neste mês resulta de contínua percepção de melhora na situação atual, mas com menor otimismo quanto à possibilidade de novos ganhos nos meses seguintes. A avaliação do presente avançou 1,0% (de 136,4 para 137,7 pontos) e a do futuro caiu outro tanto (de 115,0 para 113,8 pontos).

Melhor agora
Detalhe: a avaliação do presente está em alta desde agosto, depois de quedas de abril a julho. A situação atual é boa para 24,9% das pessoas (antes, para 24,5%) e vai mal para 20,3% (antes, para 21,3%).

Vamos às compras?
Agora, os entrevistados se mostraram menos animados (-1,8%) a fazer compras de bens duráveis, os mais caros. O número dos que projetam comprar mais diminuiu de 17,5% para 16,2%. E a dos que preveem comprar menos aumentou de 28,8% para 29,1%.

Sondagem
A FGV faz sua Sondagem de Expectativas do Consumidor com base em mais de 2 mil entrevistas em sete das principais capitais.

Devo, não nego...
Informa a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, da Confederação Nacional do Comércio, divulgada nesta quinta, dia 25: entre as famílias brasileiras, quase 60% têm algum tipo de contrato de dívida (58,9% em setembro e 59,2% em outubro), mas só uma pequena parte não tem condições de pagar contas ou dívidas atrasadas (7,1% em setembro e 7,0% em outubro).

... pagarei quando puder
Na comparação de outubro 2011 com o deste ano, a CNC apurou melhora em todos os indicadores: as famílias inadimplentes em 21,3% do total e as sem condições de pagamento, 8,2%. Mas de setembro para outubro, passou de 19,1% para 20,5% o número de famílias com dívidas ou contas em atraso. Em setembro, a CNC apurara o menor índice de atraso em dois anos.

Menos aço 1
A venda de aço plano somou 353,8 mil toneladas em setembro, ou 9,1% menos que a de um ano antes e 6,6% menos que um mês antes, informa o Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço. Os distribuidores compraram, das siderúrgicas, 340,8 mil toneladas, ou 3,1% mais na comparação anual e 9,7% menos na mensal. As importações de aço somaram 176,8 mil toneladas, com aumento mensal de 8,1% e recuo anual de 18,9%.

Menos aço 2
Com isso, o giro de estoques em setembro ficou em 2,7 meses, ante 2,5 meses em agosto. Em volumes, os estoques caíram 1,4% no mês, para 949,3 mil toneladas.

Mais aço
De janeiro a setembro, as vendas subiram 0,7% sobre o mesmo período de 2011, e as compras cresceram 4,1%. Para outubro, a previsão do Inda é de que tanto as compras quanto as vendas dos distribuidores cresçam em aproximadamente 12%.

De mais & de menos
Informa a Associação Brasileira de Odontologia: são estimados em 27 milhões os brasileiros que nunca foram a um dentista, mas há 22 mil equipes de saúde bucal no país, segundo o Ministério da Saúde. Isso significa que, mesmo com maior número de dentistas do mundo, há má distribuição geográfica desse pessoal, o que prejudica o país.

Risco
Em 2012, até 7 mil pessoas serão diagnosticadas com câncer de boca, provocado, entre outros fatores, por fumo, álcool, sol sem proteção, falta de atendimento odontológico.

Comentários no Facebook

Sitevip Internet