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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

Notícias | Agronegócio

Maior parte dos casos de ferrugem está em Mato Grosso

Dos oito casos de ferrugem asiáticas confirmados no Brasil cinco estão em Mato Grosso, colocando os sojicultores em alerta redobrado, principalmente nesta fase de desenvolvimento e floração da soja comercial. Há duas safras de soja que Mato Grosso não registrava casos do fungo durante o plantio. As entidades produtivas e especialistas frisam que a ferrugem foi constatada na chamada soja guaxá, que nasce involuntariamente nas beiras das rodovias e zonas urbanas. Setor alerta ainda quanto a incidência de percevejos, lagartas e nematoides que podem comprometer a lavoura.

Conforme informações do Consórcio Antiferrugem, o mais novo caso foi confirmado na quarta-feira (28) em Primavera do Leste. Os demais casos estão em Campo Novo dos Parecis, Sapezal, Lucas do Rio Verde e Alto Araguaia (o primeiro a ser confirmado ainda em outubro). Além de Mato Grosso, há um caso registrado em Santa Catarina e dois em São Paulo.

“É preciso que os produtores redobrem os cuidados, pois estamos em fase de desenvolvimento da planta e floração. Este período nos permite uma melhor análise visual da lavoura quanto a ferrugem asiática e demais pragas e doenças, bem como aos nematoides”, alerta o vice-presidente região norte da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Naildo Lopes.

Ele comenta ainda que é preciso que o produtor siga com os controles e as aplicações dos fungicidas, conforme o programado para a sua safra. “Com o estágio que temos hoje das lavouras é possível visualizar melhor algumas reboleiras, que são coisas que fogem da normalidade do desenvolvimento da cultura, como manchas e plantas mais baixas que as outras. Se algo for constatado e o produtor tiver dúvidas sobre o que pode ser, como nematoides ou problemas com fertilizantes, é aconselhável procurar um profissional da área”, diz Lopes.

Todos os cinco casos de ferrugem asiáticas confirmados até o momento estão em plantas que nasceram nos acostamentos das rodovias e em área urbana. Algumas plantas com o fugo, segundo o vice-presidente da Aprosoja-MT, podem ter nascido antes do início do plantio da safra 2012/2013 ou já estavam nas estradas e áreas urbanas ainda durante o Vazio Sanitário.
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