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Notícias / Agronegócio

Maior parte dos casos de ferrugem está em Mato Grosso

Viviane Petroli - Folha do Estado

 Dos oito casos de ferrugem asiáticas confirmados no Brasil cinco estão em Mato Grosso, colocando os sojicultores em alerta redobrado, principalmente nesta fase de desenvolvimento e floração da soja comercial. Há duas safras de soja que Mato Grosso não registrava casos do fungo durante o plantio. As entidades produtivas e especialistas frisam que a ferrugem foi constatada na chamada soja guaxá, que nasce involuntariamente nas beiras das rodovias e zonas urbanas. Setor alerta ainda quanto a incidência de percevejos, lagartas e nematoides que podem comprometer a lavoura.

Conforme informações do Consórcio Antiferrugem, o mais novo caso foi confirmado na quarta-feira (28) em Primavera do Leste. Os demais casos estão em Campo Novo dos Parecis, Sapezal, Lucas do Rio Verde e Alto Araguaia (o primeiro a ser confirmado ainda em outubro). Além de Mato Grosso, há um caso registrado em Santa Catarina e dois em São Paulo.

“É preciso que os produtores redobrem os cuidados, pois estamos em fase de desenvolvimento da planta e floração. Este período nos permite uma melhor análise visual da lavoura quanto a ferrugem asiática e demais pragas e doenças, bem como aos nematoides”, alerta o vice-presidente região norte da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Naildo Lopes.

Ele comenta ainda que é preciso que o produtor siga com os controles e as aplicações dos fungicidas, conforme o programado para a sua safra. “Com o estágio que temos hoje das lavouras é possível visualizar melhor algumas reboleiras, que são coisas que fogem da normalidade do desenvolvimento da cultura, como manchas e plantas mais baixas que as outras. Se algo for constatado e o produtor tiver dúvidas sobre o que pode ser, como nematoides ou problemas com fertilizantes, é aconselhável procurar um profissional da área”, diz Lopes.

Todos os cinco casos de ferrugem asiáticas confirmados até o momento estão em plantas que nasceram nos acostamentos das rodovias e em área urbana. Algumas plantas com o fugo, segundo o vice-presidente da Aprosoja-MT, podem ter nascido antes do início do plantio da safra 2012/2013 ou já estavam nas estradas e áreas urbanas ainda durante o Vazio Sanitário.
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