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Valorização do feijão preto estimula aumento da área de cultivo no PR
Globo Rural
Os irmãos Jorge e Basílio Hretsuk apertam o passo. Assim que o tempo esquentou, eles já começaram o plantio. “É uma época que não tem muito risco de geada, tem mais calor e o feijão demora menos para nascer”, diz Basílio.
Na região de Prudentópolis, no sul do Paraná, a maior produtora de feijão preto do país, quase oito mil famílias se dedicam ao cultivo.
A estimativa é que nesta safra, a área plantada no município passe de 14 mil para quase 20 mil hectares e a saca que em 2012 foi negociada por R$ 96, agora está cotada a R$ 140.
O que ajuda a melhorar o lucro dos pequenos produtores é o baixo custo de produção. A rotação de cultura diminui a incidência de pragas e doenças na lavoura, reduzindo o gasto com insumos. A terra do local ajuda bastante também.
“A fertilidade aqui é muito alta, então não há necessidade de correção, nem com calcário nem com fósforo. A fertilidade é natural e o agricultor entra basicamente com a semente", explica Divanzir Batista, técnico da Emater.
Eugênio e a família já estão preparando as sementes. Otimista, o agricultor pretende aumentar de 10 para 18 hectares, a área ocupada com feijão preto. A expectativa é que o preço se mantenha. “Está muito bom, se ficar assim, está melhor do que plantar soja”, diz.