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Cultivo das seringueiras ganha impulso em Mato Grosso do Sul
Globo Rural
Em Paranaíba, leste de Mato Grosso do Sul, aos poucos, a tradicional pecuária extensiva cede espaço para uma atividade que promete mudar a forma de trabalho em muitas propriedades.
O látex escorre hoje de 1,6 mil seringueiras cultivadas em uma área de 48 hectares de Leopércio Abra.
Toda a matéria-prima segue para uma usina de beneficiamento em Bálsamo, no interior paulista.
A quantidade de látex extraído deve aumentar 10 vezes até 2017 com a maturação de outras 15 mil seringueiras, plantadas há três anos.
Junto com o avanço da atividade, cresce também a demanda por mão-de-obra qualificada. Aguinaldo Ramos e a esposa são os responsáveis pela sangria das árvores da fazenda e ganham um salário média de R$ 1,5 mil cada um.
A borracha está ganhando tanta força, que em Cassilândia um complexo do látex está sendo erguido em uma área de 40 mil hectares. O investimento privado é de R$ 2 bilhões.
O projeto, que é pioneiro no Brasil, prevê a criação de mais de 5 mil empregos diretos e indiretos na região com a implantação de um viveiro de mudas, seringais e indústria para o beneficiamento da borracha.
As obras do viveiro terão início ainda este ano. Em 2014, entra a fase de instalação da usina. No campo, as mudas de seringueira, que por enquanto são produzidas em Macaubal, no interior de São Paulo, já começaram a ser plantadas, mas só devem produzir daqui há sete anos.
Uma agrovila, com 800 casas, vai ser criada para a chegada dos trabalhadores rurais que serão contratados pela empresa.