Notícias / Agronegócio
“A missão desse sujeito é acabar com os pequenos frigoríficos”, dispara ruralista sobre indicação de Figueiredo
De Brasília – Vinícius Tavares
O deputado federal Abelardo Lupion (DEM-PR) voltou a fazer duras críticas ao processo de “politização” da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura e à interferência do frigorífico JBS – maior processador de proteína animal do mundo – na indicação do substituto do veterinário Ênio Marques, exonerado esta semana e substituído por Rodrigo Figueiredo, fato este muito contestado pelo DEM e setores do PMDB na Câmara.
De acordo com o parlamentar, que é um coordenador político da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), a troca foi articulada pelo PMDB a pedido da empresa com o objetivo acabar com a concorrência no Brasil. E neste contexto, segundo Lupion, Figueiredo terá papel importante, mas pouco nobre.
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JBS obtém receita líquida de R$ 21,9 bilhões e lucro chega a R$ 482 milhões
“A missão desse sujeito que entrou lá é acabar com os pequenos frigoríficos. Não tenho nada contra ele (Rodrigo Figueiredo). Mas eu sei o que representa a Secretaria de Defesa. A SAD é que nos dá a tranquilidade para podermos exportar e a tranquilidade para poder saber o que as nossas fronteiras estão seguras para não entrar aftosa, para não entrar todas as outras doenças que afetam os nossos animais”, disparou o parlamentar em entrevista exclusiva ao Agro Olhar/Olhar Direto.
O deputado reitera que a saída de Ênio Marques pode trazer inúmeros prejuízos para a cadeia produtiva da carne no Brasil. Segundo o paranaense, ele foi o responsável por solucionar junto à OIE (Organização Mundial de Sanidade Animal) a crise envolvendo o surto de febre aftosa em rebanhos do país, fato este que interrompeu as exportações para diversos países como Rússia, Egito e Japão.
Deputado acusa JBS de indicar Figueiredo e desafia secretário a provar conhecimento da área
“Você colocar um advogado, não sei de sua competência e nem quero saber... Tirar uma pessoa que é aposentada do Mapa, que foi buscada em casa, para poder salvar o Mapa. Porque foi quem pegou no peito todo o problema da OIE, no caso aftosa e da vaca louca. Ele matou no peito. Hoje era para estarmos descredenciados para vender para qualquer lugar do mundo num efeito cascata que durou mais de seis meses para ser preparado dentro da OIE. E nós estamos com risco insignificante dentro da OIE. Nós voltaremos ao status anterior. Então demitir uma pessoa dessas com objetivos políticos é uma insanidade”, argumenta.
A primeira opção do JBS para o cargo era ex-presidente da Associação Brasileira das Empresas da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro Camargo Neto. As conversações se iniciaram há dois meses, sem sucesso. Figueiredo surgiu como segunda opção.
“Eu liguei para o presidente do JBS e pedi que isso não acontecesse. Eu conversei com todos os membros da ala ruralista do PMDB para que não deixasse isso acontecer. Eu conversei com a senadora Kátia Abreu. E infelizmente eles têm batido nesta tecla”, revela.
Deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária chegaram a assinar um documento pedindo a manutenção de Marques no posto. “A bancada inteira está indignada. O próprio PMDB da bancada ruralista se manifestou contrário a esta história”, finaliza.
De acordo com o parlamentar, que é um coordenador político da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), a troca foi articulada pelo PMDB a pedido da empresa com o objetivo acabar com a concorrência no Brasil. E neste contexto, segundo Lupion, Figueiredo terá papel importante, mas pouco nobre.
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O deputado reitera que a saída de Ênio Marques pode trazer inúmeros prejuízos para a cadeia produtiva da carne no Brasil. Segundo o paranaense, ele foi o responsável por solucionar junto à OIE (Organização Mundial de Sanidade Animal) a crise envolvendo o surto de febre aftosa em rebanhos do país, fato este que interrompeu as exportações para diversos países como Rússia, Egito e Japão.
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“Você colocar um advogado, não sei de sua competência e nem quero saber... Tirar uma pessoa que é aposentada do Mapa, que foi buscada em casa, para poder salvar o Mapa. Porque foi quem pegou no peito todo o problema da OIE, no caso aftosa e da vaca louca. Ele matou no peito. Hoje era para estarmos descredenciados para vender para qualquer lugar do mundo num efeito cascata que durou mais de seis meses para ser preparado dentro da OIE. E nós estamos com risco insignificante dentro da OIE. Nós voltaremos ao status anterior. Então demitir uma pessoa dessas com objetivos políticos é uma insanidade”, argumenta.
A primeira opção do JBS para o cargo era ex-presidente da Associação Brasileira das Empresas da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro Camargo Neto. As conversações se iniciaram há dois meses, sem sucesso. Figueiredo surgiu como segunda opção.
“Eu liguei para o presidente do JBS e pedi que isso não acontecesse. Eu conversei com todos os membros da ala ruralista do PMDB para que não deixasse isso acontecer. Eu conversei com a senadora Kátia Abreu. E infelizmente eles têm batido nesta tecla”, revela.
Deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária chegaram a assinar um documento pedindo a manutenção de Marques no posto. “A bancada inteira está indignada. O próprio PMDB da bancada ruralista se manifestou contrário a esta história”, finaliza.