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III Congresso Brasileiro do Cacau inova na apresentação dos trabalhos técnicos

Assessoria

 As inovações do III Congresso Brasileiro do Cacau que será realizado de 11 a 14 de novembro no Centro de Convenções em Ilhéus, não se restringem a área tecnológica e sustentabilidade como sugere o próprio tema. “Inova também na forma de apresentação dos trabalhos”, declarou o pesquisador da Ceplac, George Sodré, um dos coordenadores do evento e responsável pela triagem dos trabalhos técnicos que serão apresentados.

George Sodré explica que durante o congresso é muito comum à apresentação na forma tradicional de resumo, seja ele resumo simples ou expandido. “Este ano nós estamos inovando com um resumo simples em que o autor apresenta seu trabalho em forma de mini banner – no formato PowerPoint e tamanho A4 que após salvo em arquivo pdf é editado em um livro de banner. Dessa forma, não teremos aqueles momentos em que uma pessoa fica ao lado de um banner esperando para ser arguido pelos participantes”.

Ele informa ainda, que no dia do evento, o participante receberá na recepção um livro com todos os mini banners inscritos e escolhe aqueles que ele acha mais interessante e durante o evento ele agenda através da internet, telefone celular, facebook, ou qualquer outro meio de comunicação, um momento com o pesquisador. “Nesse contato, apenas os dois conversam e com isso ganhamos tempo e dinamizamos o Congresso e evitamos os gastos com muitos banners. Queremos que os participantes troquem informações em contato direto com o pesquisador”, ressaltou ele.

Na analise do coordenador técnico, George Sodré, três grandes temas deverão pautar o III Congresso Brasileiro do Cacau. “Primeiro à ênfase onde será dada a tecnologia, porque às vezes se desconhece a quantidade de tecnologia que existe no cacau e a dimensão do que existe no mundo todo. Daí a importância de palestrantes que vem da Malásia, do Equador, que tiveram grandes experiências com produtividades acima de 3 mil quilos por hectare. Trataremos também da irrigação que é uma realidade no cacau. Na nossa região alguns produtores já iniciaram trabalhos com irrigação e mesmo fora a exemplo do oeste da Bahia, nos tabuleiros costeiros, no recôncavo baiano, na região da Chapada Diamantina e em outros Estados a irrigação na cacauicultura se estabelece como uma técnica usual, ainda que em pequenas áreas. Também falaremos sobre a propagação e produção de mudas e as técnicas de nutrição mineral em cacau entre outros temas.

No segundo momento, acrescenta ele, serão abordados a questão do ambiente, da mão de obra, dos serviços ambientais e da ocupação de área na produção de cacau em base sustentáveis e ainda a questão da cabruca e como conviver com doenças em condições de ambientes úmidos como esse nosso aqui.

E finalmente, ele destaca no terceiro momento do evento a parte mais política, que é o resultado sintetizado de tudo que será discutido. “O fruto de todo o Congresso será denominado de “Carta de Ilhéus”, que vai nortear a cacauicultura brasileira para os próximos anos no que se refere a “Inovação Tecnológica e Sustentabilidade”, tema do nosso Congresso”, garante Sodré.

De maneira muito objetiva ele afirma que atualmente a tecnologia faz parte do modelo agrícola brasileiro. “O nosso país é campeão mundial em agronegócio e não se justifica estarmos importando cacau, já que temos tecnologia para transformar a cacauicultura brasileira num exemplo de produtividade com sustentabilidade”.

O coordenador técnico do evento chama a atenção para o prazo de entrega dos trabalhos científicos. “Os trabalhos podem ser entregues até o próximo dia 10 de outubro (quarta-feira). Já começamos a receber trabalhos, alguns de fora, como do Equador. A primeira coisa a fazer é ir ao site do nosso congresso que está na página da Ceplac e na página da UESC, uma das nossas parceiras juntamen te com a Mars, acessar o link e fazer a inscrição para participar do evento e informar-se sobre os custos da inscrição e outras informações”.

Ao falar sobre a expectativa da quantidade dos trabalhos que deverão ser apresentados, o pesquisador George Sodré, observa que por estarmos a 13 anos do último Congresso Brasileiro do Cacau realizado, existem muitas informações dos pesquisadores da Ceplac, da Bahia e de outros estados, da UESC e membros das outras universidades estaduais e federais do estado. “Esse é o momento dos pesquisadores trazerem esses trabalhos que foram desenvolvidos ao longo desses anos”.

Otimista, George Sodré espera uma grande participação dos estudantes de associações científicas, de mestrados, de doutorado e dos colegas ceplaqueanos da pesquisa e extensão e de outras instituições. “Esperamos todos que possuem informações sobre cacau, quanto mais trabalhos inscritos é mais informações que repassaremos para o nosso principal usuário que é o agricultor, além dos técnicos, pesquisadores, estudantes, empresários e todos que precisam delas para dinamizar a cacauicultura em suas propriedades. Nosso objetivo é que esse Congresso marque o futuro da cacauicultura brasileira e seja referência para mostrar que o Brasil detém tecnologia em cacau e pode voltar a ser autossuficiente em sua produção”, conclui Sodré.
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