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Galvan diz que Rui trabalha dentro de ilegalidade e irregularidades e lamenta que juíza não tornou inelegível a chapa inteira
Da Redação - Laura Petraglia
O ex-presidente do Sindicato Rural de Sinop, Antonio Galvan, cabeça da chapa de oposição na disputa pela presidência da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), disse que a decisão da juíza substituta da Oitava Vara do Trabalho, Raquel Albuquerque de Medeiros, em conceder liminar decretando a inelegibilidade do atual presidente da instituição, Rui Prado, prova que as alegações que o grupo dele vem fazendo insistentemente são verdade, mas lamentou o fato da chapa toda não ter sido impugnada.
“Essa decisão só mostra que o que falamos é tudo verdade e a juíza conseguiu enxergar isso. Uma pena mesmo que é que ela só tenha julgado parte de nossas alegações porque se tivesse analisado o todo, teria tornado a chapa toda inelegível por eles (chapa do Rui Prado) têm trabalhado dentro da ilegalidade e irregularidades”, comentou. Mais uma vez a reportagem tentou contato por telefone com Rui Prado na manhã deste sábado (11), mas ele não atendeu nem retornou a ligação para dizer se vai recorrer da decisão.
A liminar concedida pela juíza atendeu procuração declaratória de nulidade de ato jurídico com tutela antecipada, interposta pelo advogado Armando Candia, que representa a chapa de Galvan. Na quinta-feira (09), Galvan apontou a realização de fraude em documento protocolado junto a comissão eleitoral. De acordo com o advogado do grupo, Armando Biancardini Candia, o protocolo de registro da chapa teria sido adulterado, com o objetivo de prejudicar o grupo. Candia argumenta que o registro da candidatura foi protocolado dentro do prazo, no dia 13 de abril, às 17 horas e 20 minutos, ou seja, dentro do prazo previsto, que seria até as 17h30.
No entanto, ao ter acesso ao processo eleitoral, o advogado constatou que o que havia lá era uma cópia com o horário diferente, 17h39, quer dizer, já fora do prazo determinado. Galvan também defende que o atual presidente não pode concorrer por ter assumido o cargo por duas vezes seguidas, sendo a primeira em 2008, no lugar do deputado federal Homero Pereira (PSD).
Prado já refutou a suposta ilegalidade proposta pelo adversário. “Nós fizemos uma mudança no estatuto quando assumimos no lugar do Homero, então não há ilegalidade alguma. Seguimos o modelo de associação como é na Aprosoja, Ampa ou Acrimat”, explicou.
A eleição será realizada no dia 14 de maio e a posse será no dia 17 de junho.
Criada há 46 anos o Sistema Famato envolve mais de 25 mil produtores rurais. Com uma receita anual de R$ 7 milhões, caberá ao novo presidente administrar as demandas da agricultura e pecuária e ter capacidade para agregar os interesses das duas áreas responsáveis por impulsionar a economia de Mato Grosso.