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Notícias / Agronegócio

Desenvolvimento da safra no Brasil vai interferir nas cotações da soja em Chicago

De Sinop - Alexandre Alves

 O desenvolvimento da safra de soja em Mato Grosso – cujo semeio está no começo – e em todo o Brasil vai influenciar os preços das cotações na Bolsa de Chicago (CBOT), que praticamente “dita” os preços pelo mundo afora – já que até então os Estados Unidos eram os principais produtores mundiais da oleaginosa.

Segundo o Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea), este efeito acontecerá por causa da consolidação da quebra de safra de soja nos Estados Unidos, cuja projeção indica uma redução de produção de 13,8% e um estoque “apertado” de passagem.

Conforme o Imea, isso abre as portas do mercado para o próximo produtor na escala de plantio, a América do Sul. “Nesse contexto, todas as informações referentes ao desenvolvimento das lavouras, principalmente no Brasil e na Argentina, interferirão na cotação da soja em Chicago nos próximos meses”, pontua o instituto.

Entre os fatores que interferem nos preços da soja na CBOT estão a chegada da chuva e o início ou a continuidade do plantio nas principais regiões produtoras sul-americanas na última semana. “Foi um dos pilares para a queda do valor da oleaginosa na Bolsa de Chicago”.

Com a chegada antecipada das chuvas e o início do plantio com pelo menos 11 dias de antecedência – pelo menos em Mato Grosso - a estimativa é que, caso o clima favoreça um desempenho dentro dos patamares médios de produção, seja possível produzir 148,5 milhões de toneladas no continente.

“Como os EUA estão produzindo mais para consumo próprio do que para a exportação, o celeiro de grãos para o primeiro semestre de 2013 passa a ser latino-americano. Dentre os dez maiores produtores de soja no mundo entram Brasil, como maior produtor, Argentina, Paraguai, Bolívia e Uruguai, que concentrarão 57,5% da produção mundial na temporada 2012/13, aumento de 8,8 pontos percentuais”, lembra o Imea.

Com isso, as exportações brasileiras deverão seguir aquecidas por mais um ano praticamente, no momento em que os preços ainda continuarão acima dos patamares médios do mercado.
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