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Reajuste do diesel terá impacto de 1,25% no preço do frete, estima CNT
Eduardo Campos, Thiago Resende e Lucas Marchesini | Valor
O presidente da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), Clésio Andrade, estimou nesta quarta-feira em 1,25% o impacto do reajuste de 5% no preço do diesel, anunciado ontem à noite pela Petrobras, no custo do frete rodoviário.
Segundo Andrade, o reajuste pode ser encarado também como uma pressão inflacionária, já que 60% do transporte de carga do país depende do diesel.
Ele falou na portaria do Ministério da Fazenda, onde participa de reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, junto a outros representantes de entidades patronais. Hoje, o ministro afirmou que o governo não vai reduzir tributos para compensar a alta do diesel.
Andrade disse que destacará na reunião a importância dos investimentos em infraestrutura de transportes e a necessidade de o governo rever os modelos das concessões que estão sendo anunciadas, bem como as taxas de retorno. Segundo ele, mesmo com a revisão já promovida pelo governo, os projetos ainda não são atrativos para os investidores nacionais e estrangeiros.
Ainda de acordo com o presidente da CNT, as desonerações da folha de pagamento promovidas pelo governo chegaram ao limite e o governo deve concentrar seus esforços nos investimentos em infraestrutura.
Andrade também disse que pedirá ao ministro Mantega para que a desoneração do setor de transporte rodoviário de carga não seja vetada pela presidente Dilma Rousseff.
A medida que substitui a contribuição patronal de 20% sobre a folha de pagamento por 1% a 2% do faturamento deverá entrar em vigor no começo de abril para o setor, mas ainda precisa de sanção da presidente.