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Agricultores do Nordeste investem na plantação irrigada

G1-PI

 A experiência bem-sucedida, com base na agricultura irrigada no Sul, é exemplo para vários outros municípios nordestinos que também apostam nesta atividade como oportunidade de desenvolvimento.
Os produtores da região Nordeste também enveredaram por este caminho e, mesmo que em proporções menores que em outras regiões, o investimento tem ganhado destaque.
A seca ainda assola a região e a água não chega a todos, o 'carro-pipa' continua a visitar localidades ao redor e são comuns os casos de sertanejos que 'roubam' a água de canal de irrigação para seu sustento, mas são evidentes benefícios trazidos ao município e aos seus vizinhos pelo perímetro irrigado.

Segundo Luis Carlos Lopes, agricultor, se o tempo não ajudar a situação pode ficar ainda pior. “Se não chover a coisa vai ficar ruim, porque desde o ano passado que estamos sofrendo com a seca e as águas ficando pouca e se continuar assim nem irrigação vai ter”, disse.

Atualmente, outros recursos estão sendo aplicados para ampliação e modernização dos sistemas de irrigação, além do de energia elétrica. A seca, desde o ano passado que castiga todo o Nordeste brasileiro e, em especial, as regiões do semiárido, que sofrem com a falta de chuva e a consequente queda na produção agropecuária.

Segundo a Empresa de Assistência Técnica extensão Rural do Ceará, a falta de chuvas compromete 300 mil agricultores, São trabalhadores que sobrevivem praticamente da plantação de milho e feijão. Apenas 3% dos homens do campo podem contar com a irrigação que garante a produtividade mesmo em tempo de seca.

De acordo com a produtora rural Ana Maria Albuquerque, que vive da pecuária por cerca de 20 anos, a necessidade fez com que a modernização na fazenda chegasse, e com a mudança a produção cresceu 30%. “Todos os conseguimos 200 litros de leite, e hoje a despesa sai por R$0,54 centavos e vendemos a R$0,93”, afirma Ana Maria.
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