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Governo estuda ordenamento da entrada do arroz do Mercosul
Mapa
O secretário de Política Agrícola, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller, vai reunir a equipe técnica para analisar a principal reivindicação da cadeia produtiva do arroz, apresentada na manhã desta terça-feira, 19 de fevereiro, em Brasília. O setor quer um ordenamento na entrada do arroz do Mercosul durante o ano, evitando, principalmente, a época da safra brasileira.
De acordo com Geller é obrigação do Governo proteger a produção do arroz nacional, levando também em consideração, as demandas da indústria e dos consumidores. “A intenção é buscar o equilíbrio ao longo da cadeia e combater a inflação”, disse.
O presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Arroz, Francisco Schardong, defende o estabelecimento de cotas do produto vindo dos países do Mercosul a fim de combater o aviltamento dos preços. Outro aspecto apontado pelo Schardong é quanto ao custo de produção do arroz nacional que é muito alto e não tem competitividade com o produto que é comprado no Mercosul.
“Não somos contra a indústria comprar o produto da Argentina, Paraguai e Uruguai. Queremos o livre comércio. Assim como a indústria pode comprar o arroz, nós também queremos comprar os insumos de lá, que são em média 40% mais barato que no Brasil”, explica.
Daire Paiva Neto, vice-presidente da Federarroz, lembra que na safra passada os preços foram internamente pressionados quando entraram 125 mil toneladas do arroz, prejudicando a comercialização e o produtor brasileiro. Ele também é de opinião que o produtor tenha acesso aos insumos do bloco.