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Notícias / Meio Ambiente

Negociar ativos ambientais em bolsa de valores já é alternativa para produtor rural de MT

Famato

 Representantes da bolsa de valores ambientais BVRio (Bolsa Verde do Rio de Janeiro) estiveram reunidos nesta semana, em Cuiabá, com representantes da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Associação dos Reflorestadores (Arefloresta) e da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), para apresentar a “Bolsa Verde”, que possibilita, por meio de operações de mercado, que produtores e proprietários rurais possam negociar ativos ambientais.

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A plataforma é uma alternativa aos produtores para atender às exigências contidas no novo Código Florestal, que determina que todos os imóveis rurais são obrigados a manter uma Reserva Legal (RL). Em Mato Grosso, a Reserva Legal varia entre 35% e 80% da área total da propriedade – dependendo do bioma onde a terra está localizada.

A legislação permite que aqueles que têm áreas preservadas excedentes à sua obrigação possam transformá-las em cotas de reserva ambiental e, posteriormente, vendê-las a quem tem déficit.

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Segundo o gestor do Núcleo Técnico da Famato, Eduardo Godoi, entre os objetivos da entidade está fomentar e auxiliar o produtor na busca da regularização ambiental das propriedades de acordo com o novo Código Florestal.

“Por isso estamos abertos a conhecer estas novas ferramentas, como a BVRio. Alguns produtores, pouco ou nada terão que fazer para se adequar a nova legislação ambiental, porém outros terão que recompensar áreas e queremos apresentar-lhes alternativas para esta recuperação”, destaca Godoi.

A Bolsa Verde funciona há cerca de um ano e já conta com mais de 300 produtores rurais de todo o país que negociam compra e venda de cotas de reservas ambientais. De acordo com o diretor da BVRio, Mauricio de Moura Costa, a negociação ocorre de forma ágil e segura, desenvolvida especialmente para a transação de ativos ambientais.

“A ideia central da plataforma é ligar o produtor que tenha excesso de Reserva Legal ao produtor deficitário. O custo é R$ 25 por hectare no fechamento do contrato e 4% do valor total da negociação. O pagamento só ocorre na entrega das cotas para o comprador. Assim, comprador e vendedor reduzem riscos e, ao mesmo tempo, criam um mercado para as cotas de reserva ambiental futura - Crafs, passando a conhecer demanda e oferta de preços por cotas”, explica.
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