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Ciclo de Palestras discute clima e mercado
Assessoria
Apesar de enfrentar problemas climáticos pontuais de Norte a Sul do país, o Brasil deve colher no ciclo 2012/13 uma grande safra de verão, segundo o meteorologista Luiz Renato Lazinski, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que integra o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Esse foi um dos pontos abordados pelo analista durante o Ciclo de Palestras Informação e Análise do Agronegócio, promovido pela Gazeta do Povo no Show Rural Coopavel.
Lazinski ainda falou sobre o excesso de chuva na região Centro-Norte e Centro-Oeste do país, enquanto no Sul as chuvas estão irregulares, mas dentro da média histórica. “A umidade vinda da Amazônia está sendo retida a metade Norte do Brasil, as precipitações não chegam até o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul”, comentou.
Segundo ele, o produtor desses estados deve ter cuidado com veranicos, já que os maiores volumes estarão concentrados em poucos dias e a chuva pode ficar suspensa por duas ou três semanas. Ele ainda ressaltou que em anos neutros como esse, o frio chega mais cedo.
O outro palestrante do dia foi Vinícius Xavier, analista da consultoria FCStone, que falou sobre “O mercado de olho no clima”. O palestrante abordou a questão dos estoques mundiais de soja e sua influência sobre os preços e comercialização. Segundo ele, ainda há muita especulação sobre a safra americana de grãos, porém, é preciso aguardar até o mês de setembro para se ter certeza sobre a produção.
Xavier falou tratou ainda da produção de grãos na Argentina, onde o clima está tornando a produção incerta. Na sua avaliação, os resultados da safra do país vizinho serão fundamentais para definir os rumos do mercado brasileiro nos próximos meses. As lavouras argentinas iniciaram a temporada debaixo de muita chuva e, agora, enfrentam estiagem. Se conseguirem se recuperar, devem pressionar as cotações da soja. Caso contrário, tendem a manter o mercado sustentado.
O Ciclo é realizado em parceria com a Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) e a Federação da Agricultura do Paraná (Faep).