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Desestímulo no mercado de suínos no primeiro semestre proporcionou fortes altas no segundo, avalia Cepea
CEPEA
O aumento dos custos de produção e da oferta de carne bovina impactou duramente a suinocultura brasileira no primeiro semestre de 2012. Pesquisas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) mostram que, em julho, o suinocultor de algumas regiões do país chegou a receber menos que o avicultor pela venda do frango vivo.
Na segunda metade do ano, como resultado dos fracos resultados do setor, a disponibilidade de suínos para abate diminuiu, o que proporcionou razoável recuperação dos preços e, mais no final do ano, também do poder de compra frente aos principais insumos da cadeia. Paralelamente, também as exportações se aqueceram, totalizando 466,7 mil toneladas até novembro.
Em resposta, explicam os pesquisadores do Cepea, houve recuperação surpreendente dos preços do suíno vivo e da carne, que passaram a registrar sucessivamente os maiores valores do ano. Ao se comparar a média de dezembro (até o dia 26) à de junho, constata-se que o preço do suíno chegou a subir 81% em Minas Gerais e 80% em São Paulo.
No Estado do Paraná, a valorização do animal chegava a 72% e, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, a 57%. A carne também teve fortes ganhos. No atacado paulistano, a carcaça comum teve alta de 67% entre junho e dezembro, e a carcaça especial valorizou 63%.