O governo federal prorrogou, mais uma vez, os descontos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos, que acabariam em dezembro. Em vários casos, a alíquota começará a subir a partir de janeiro até junho de 2013.
No entanto, para os caminhões (cuja alíquota normal é de 5%), ela será mantida em zero por cento por tempo indeterminado.
Renovação da frota de caminhões é fundamental para redução de custos
Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, “a manutenção da taxa zero ocorrerá porque esses veículos são considerados bens de capital - usados na produção - e o governo pretende continuar a desonerar os investimentos”.
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A medida também estimula a venda de caminhões no país e contribui equacionar um dos problemas apontados pelo agronegócio, que é a escassez dos “brutos”, perante uma safra agrícola crescente. Com mais produção e falta de caminhões, o frete fica mais caro e “abocanha” fatia maior do setor produtivo.
O desconto do IPI para um cavalo mecânico trucado, que normalmente é usado para puxar uma composição de bitrem e cujo valor gira em torno de R$ 400 mil, equivale a R$ 20 mil. Segundo fontes do setor, é um bom desconto, principalmente para transportadoras que necessitam renovar a frota.
A renúncia fiscal com a desoneração do IPI de veículos, prevê o ministro, será de R$ 2,063 bilhões no próximo ano. Os descontos para o setor tiveram início em maio, foram prorrogados em agosto e, depois, novamente em outubro.
As taxas diferenciadas do setor automotivo buscam reativar o consumo, ressaltou Mantega. Ele explicou que as vendas do setor automobilístico se intensificaram a partir de julho e se mantiveram em níveis acima dos registrados no primeiro semestre, graças à medida.