Imprimir

Notícias / Geral

Energisa vai ampliar potência energética para acompanhar crescimento da produção agrícola em MT

Da Redação - Michael Esquer

Levantamento feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontou uma produção de 268,2 milhões de toneladas de grãos, a maior parte soja, no país todo neste ano. Desse total, Mato Grosso deve corresponder a quase 30% do total. Nesse cenário, a Energisa tem trabalhado para acompanhar o crescimento econômico do estado e aumentar a potência energética do oeste-norte mato-grossense.  

Leia também:
Estudante de MT que mora na Ucrânia dormiu em lan house e quase perdeu amigo em ataque com míssil

De acordo com a assessoria da concessionária, para atender a demanda por distribuição de energia, grupos de trabalho da Energisa estão desenvolvendo, dentro do planejamento de investimento da companhia, um mapa de calor para crescimento econômico.
 
Ainda conforme a empresa, o trabalho é feito a partir do diálogo com as Prefeituras e Governo do Estado, assim como conversas com empresas que estão traçando a criação de novos empreendimentos. A previsão é que sejam investidos mais de R$ 150 milhões em todas as regionais para que as redes suportem o crescimento da demanda de energia de forma planejada e estável.

“A gente está inserido na região que é a maior produtora rural do país. E o agronegócio tem um papel de extrema importância na nossa economia, gerando empregos no estado. Para que tenha o crescimento de negócios agrícolas, é preciso energia. Por isso, a gente investe nessas regiões”, afirma José Nelson Quadrado Junior, gerente de operações da Energisa em Mato Grosso.

No eixo agrícola do oeste-norte do estado, a Energisa vai investir quase R$ 33 milhões para aumentar a potência de subestações em Nova Mutum, Lucas do Rio Verde e Diamantino. Em Sinop e Sorriso, que já tiveram obras em subestações, estão sendo instalados componentes para blindar a rede. “São equipamentos que nos auxiliam na hora de fazer intervenções para manutenção até mesmo sem o desligamento da energia, evitando que clientes fiquem sem luz”, destacou o gerente.

Segundo a Energisa, outra preocupação são as obras da Ferronorte. A ferrovia vai cortar o estado com a promessa de melhorar o escoamento da safra. A concessionária já está em contato com a empresa responsável pelo projeto para garantir os recursos de infraestrutura para a construção.

Para Neurilan Fraga, presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, “a economia de Mato Grosso se destaca como uma das mais fortes do país. Impulsionado pelo agronegócio, o estado apresenta números muito positivos, que se traduzem em desenvolvimento, contas equilibradas e maior capacidade de atrair investimentos”, disse. 

A pesquisa 

O quinto Levantamento da Safra de Grãos feito pela Conab apontou uma nova megaprodução para o país neste ano. Serão 268,2 milhões de toneladas, a maior parte soja. Dentre as regiões produtoras, Mato Grosso se destaca com quase 30% do total.

O desempenho consolida novamente previsões para o estado, que deve produzir, sozinho, até 2030 127,71 milhões de toneladas de grãos e carne bovina, conforme dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA). 

Hoje Mato Grosso possui 75% da produção física e industrial ligada ao agronegócio, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal do IBGE. Para Pedro Máximo, coordenador do Observatório da Indústria da FIEMT, o fortalecimento do agro também significa, o crescimento de todo setor industrial mato-grossense.

“O estado de Mato Grosso tem uma particularidade muito importante que a sua matriz industrial está amplamente conectada com a produção agrícola. É um setor agro pujante, puxa a indústria do estado junto”, afirma Pedro Máximo. O coordenador também explica que dentro do setor estão inclusos a produção de Etanol e biocombustíveis, adubos e fertilizantes, além de alimentos, como frigorífico.

 
Imprimir