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Notícias / Logística

Rumo pede acesso a relatórios do IPHAN sobre sítios arqueológicos na ferrovia estadual

Da Redação - Lázaro Thor Borges

A empresa Rumo Malha Norte S.A., que ganhou a concessão para construção da Ferrovia de Integração Estadual solicitou acesso aos relatórios do Instituto Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan) que apontam para a existência de dezenas de sítios arqueológicos próximos ao empreendimento. 

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A informação sobre os sítios foi publicada com exclusividade pela reportagem do Agro Olhar. A Rumo afirmou em carta enviada ao órgão que não teve acesso aos relatórios produzidos pelo Iphan e destacou que a informação foi reproduzida em primeira mão pela reportagem. 

“No último dia 08 de fevereiro, o site Agroolhar publicou em sua página eletrônica notícia vinculando as atividades deste Instituto e a documentação apresentada pela Rumo no presente processo”, diz trecho do pedido. “Ocorre, entretanto, que, apesar desta informação ter sido disponibilizada na mídia, a empreendedora não tomou conhecimento desta diligência, tampouco teve acesso ao relatório que fundamentou a matéria publicada”, completa. 

A Rumo alegou ainda que teve acesso de forma “vaga” a um dos relatórios produzidos pelo IPHAN que foram anexados ao procedimento no Ministério Público Federal (MPF), que investiga possíveis irregularidades na construção da ferrovia. 

Apesar da empresa destacar que se trata de informações publicadas na mídia, parte dos detalhes sobre sítios arqueológicos no traçado da ferrovia estão expostos no Relatório Parcial de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico (RAIPA), produzido a mando da própria multinacional. 

“Informamos que, ao longo do empreendimento da Ferrovia de Integração Estadual do Mato Grosso, foi detectada a existência de três sítios arqueológicos, duas ocorrências, e dois sítios de registros rupestres, durante a execução dos poços-teste PT 3290, PT 4281, PT4278, PT 4974, PT 6057, e indicações de moradores e da equipe de Biologia, com detalhamento apresentado no capitulo 13 deste relatório””, diz trecho na página 358 do RAIPA.
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