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Notícias / Agronegócio

Diante de fábricas fechadas e risco de desabastecimento, ministra defende produção nacional de fertilizantes

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Max Aguiar

Em recente visita a Sorriso (396 Km de Cuiabá), a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Tereza Cristina, tratou de tranquilizar os produtores rurais da região quanto ao temor de desabastecimento de fertilizantes. Segundo ela, o ministério acompanha a situação, se preparando para o caso de agravamento da questão.

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“Temos a Bielorússia, grande exportadora de potássio, a China que está com problema de energia e tem desligado algumas de suas fábricas, mas estamos trabalhando”, disse, durante discurso na inauguração Usina de Etanol de Milho FS.

A ministra ressaltou que o país é totalmente do mercado internacional e defendeu que é preciso desenvolver um fertilizante brasileiro. “Não é possível o nosso país, uma potência no agro, ter que importar 94% de todos fertilizantes que precisamos para produzir. Há um ano e meio, eu procurei a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, para que a gente desenvolvesse um plano nacional para os fertilizantes. Para ter legislação e uma forma de atração de investimentos e incentivo para que consigamos produzir aqui a nossa ureia, ao menos uma boa parte dela”.

Apesar da defesa da produção nacional, o país sofre com o fechamento de fábricas de fertilizantes da Petrobras nos estados da Bahia, Sergipe e Paraná, que além de deixar milhares de trabalhadores sem emprego também aumentou ainda mais a dependência da agroindústria brasileira em fertilizantes importados e na variação dos preços do mercado internacional.

O fechamento da Araucária Nitrogenados (Ansa/Fafen-PR) foi anunciado em janeiro de 202 pela diretoria da Petrobras, surpreendendo os 1 mil trabalhadores da unidade. Somada às outras duas Fafens que a Petrobrás arrendou no fim de 2019, a unidade garantia o abastecimento de cerca de 30% do mercado brasileiro de ureia e amônia.
Sobre o fechamento da fábrica no PR, Tereza afirmou que o MAPA acompanha a questão junto ao Ministério de Minas e Energia.

“Estão procurando um comprador, já existem interessados. O MAPA acompanha isso de perto e estou muito esperançosa de que a gente ache um parceiro e coloque aquela fábrica para funcionar. Tenho falado com o ministro Bento, de Minas e Energia, e ele tem ajudado muito para fazer com que este investimento retorne e volte a produzir ureia para o Brasil”, pontuou.
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