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Presidente do Cref diz que pelo menos 30% das academias não conseguirão reabrir

Da Redação - Isabela Mercuri

Fechadas em Cuiabá há dois meses, e também em outras cidades do estado, as academias de Mato Grosso passam por situação de “penúria”, e pelo menos 30% das registradas não vão conseguir reabrir quando for possível, devido à acentuada crise econômica. Diante deste cenário, o presidente do Conselho Regional de Educação Física Carlos Alberto Eilert protocolou, na quinta-feira (14), mais um pedido de reunião com o prefeito Emanuel Pinheiro.

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A ideia da reunião seria, além de apresentar a situação da capital, discutir o decreto presidencial 10.344, de 11 de maio de 2020, que incluiu as academias (além de salões de beleza e barbearias) como atividades essenciais. Até agora, o Cref já protocolou diversos documentos com as normas de biossegurança para o setor, mas não há resposta da prefeitura de Cuiabá. Em Várzea Grande, foi permitida a abertura desde o dia 4 de maio.
 
“Hoje o estado de Mato Frosso tem 740 academias registradas e mais de 1500 profissionais registrados no sistema, entre professores de escola, personais, enfim. Logo no início da pandemia, que ia começar o Covid, nós protocolizamos as normas de biossegurança pra sensibilizar o governo estadual e municipais, principalmente de Cuiabá”, explicou Carlos ao Olhar Direto. “Na última semana de abril nós fizemos uma nova reunião com o Marcos Brito, procurador Geral do Município, com as recomendações de biossegurança, e também houve uma reunião entre donos de academias e  Allan Kardec, secretário de Estado de Cultura, Esporte e Lazer”.
 
Com Emanuel Pinheiro, no entanto, o Cref não conseguiu se reunir. O prefeito recebeu, no final do mês de abril, o empresário Amir Malf, franqueado da rede SmartFit. Mesmo assim, e depois do decreto presidencial, o prefeito afirmou que não iria reabrir shoppings e academias para agradar empresários.
 
Para o presidente do Cref, esta é, na realidade, uma questão de saúde pública. “Acho que hoje uma academia está muito melhor, mais bem preparada, e essa é uma mudança cultural que vai fazer o praticamente da atividade física e o dono da academia oferecer a garantia de melhor qualidade de vida. A academia não é para embelezamento, é para fazer a prática de esportes e promover saúde”, afirma.
 
Apesar da necessidade de discussão, Carlos lembra que o conselho “não abre nem fecha academia”, e que sua principal função é fiscalizar, o que poderiam fazer caso elas fossem reabertas. “Hoje a situação é de penúria, estão em situação de penúria tanto as academias quanto os profissionais”, lamenta. “Com muito custo nós conseguimos que os profissionais fossem inseridos no auxilio emergencial do governo”, afirma. “Nosso objetivo é ajudar o cidadão”.
 
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