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Após mudança no ICMS, Grupo Locatelli anuncia fim de venda de etanol em postos

Da Redação - Vinicius Mendes

O Grupo Aldo, dos Postos Aldo Locatelli, anunciou o fim da venda de etanol em suas unidades já a partir do início deste mês de janeiro de 2020. De acordo com a assessoria do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Sindipetróleo-MT) a decisão é particular a este grupo e além da motivação comercial também é uma forma de protesto, após as mudanças na cobrança do ICMS oriundas da Lei Complementar nº 631/2019.
 
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Faixas foram colocadas em frente a postos de combustível do Grupo Aldo em Mato Grosso. O Sindipetróleo confirmou que os postos Aldo Locatelli não irão mais vender etanol. Segundo a assessoria o foco de negócio do Grupo é óleo diesel e a despesa para revender etanol ficou muito mais alta que o normal com as mudanças da LC nº 631/2019.
 
Há poucos dias, após a circulação na internet de um comunicado informando sobre o fim da venda, a assessoria da empresa havia afirmado que não autorizou nenhum comunicado e que somente iria se pronunciar sobre a LC 631/2019 após o início de 2020, quando as companhias atualizassem os preços. O fim da venda foi agora confirmado.
 
O Governo do Estado havia explicado que, se houver um reajuste ele será de no máximo 4%, aplicado no preço do produto, conforme levantamento da Secretaria de Fazenda (Sefaz). No caso do etanol hidratado, por exemplo, a carga tributária foi alterada de 10,5% para 12,5%, sendo que a projeção pode haver um aumento no máximo de 2%, o que equivale a 5 centavos por litro, no preço final aos consumidores, e não de 33 centavos. Também afirmou que para evitar cobranças abusivas, o Procon estará reforçando a fiscalização.
 
Porém, de acordo com a assessoria do Sindipetróleo, a justificativa do Grupo Aldo foi que com a alta nas usinas, os preços aumentaram nas distribuidoras e portanto os postos repassam ao consumidor final.
 
O Sindipetróleo também afirmou que esta decisão é particular do Grupo Aldo. Também disse que a decisão é comercial, mas também é uma forma de protestar, pois para eles a revenda de etanol foi inviabilizada.
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