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Notícias / Logística

Pavimentação de rodovias pode trazer corredores de exportação e importação para MT

Da Redação - Fabiana Mendes

A pavimentação de duas rodovias que ligam Mato Grosso a Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, pode trazer novos corredores de importação e exportação para o Estado. O assunto foi discutido na última semana durante visita do senador Wellington Fagundes a Cáceres.

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Segundo o prefeito Francis Mares, no encontro realizado entre municípios da fronteira Brasil/Bolívia, o assunto avançou no sentido da importação de uréia e sal. Hoje, o país vizinho produz cerca de 500 mil toneladas de uréia e Mato Grosso consome 1 milhão de toneladas. "Somente o nosso estado teria condições de comprar toda a produção", diz o prefeito.

Já em relação ao sal, o prefeito lembra que a matéria-prima é utilizada na alimentação do rebanho bovino criado em confinamento. "O sal hoje consumido em Mato Grosso vem de Mossoró (Rio Grande do Norte), distante 4 mil km. No caso da Bolívia, o produto está a 1 mil km de distância, o que significa que poderia chegar a um custo menor", avalia o prefeito.

A Bolívia ainda é grande produtora de gás de cozinha, que poderia ser engarrafado em Mato Grosso. Francis Mares sugeriu ao senador a federalização e pavimentação de trecho da BR-174 entre Vila Bela da Santíssima Trindade, a fronteira e San Ignácio de Velazques (num total de 200 km), dando acesso à Bolívia, viabilizando a importação desses produtos.

Outra alternativa, conforme informações da assessoria de imprensa, seria uma parceria com o governo da Bolívia para pavimentação da rodovia entre San Matias a San Ignácio de Velazques. Segundo o senador, a Bolívia já conta com financiamento internacional para pavimentar esse trecho. O governo Evo Morales não demostrava interesse na pavimentação desse trecho, mas a possibilidade de exportação de uréia, sal e gás para Mato Grosso fez o presidente mudar de ideia. 

Esses corredores também poderão viabilizar a exportação de produtos de Mato Grosso em direção aos portos do Pacífico, encurtando as distâncias em relação aos mercados asiáticos, aumentando a competitividade, avaliou o senador. 

O assunto deve ser discutido no Ministério dos Transportes   .
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