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Notícias / Agronegócio

Ministro Maggi leva situação de suspensão européia à Organização Mundial do Comércio

Da Redação - Vinicius Mendes

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), confirma que encerrou nesta terça-feira (17) o embargo imposto à nove plantas frigoríficas exportadoras de carne de frango à União Européia. O próprio Mapa é quem tinha imposto o embargo. A União Européia deve excluir da lista de plantas autorizadas alguns abatedouros brasileiros. O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou que esta questão será levada à Organização Mundial do Comércio (OMC).

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Os despachos 495 (4468981) e 1717 (4469216) foram emitidos às 18h18 pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA). Com isso, haverá o retorno da produção e certificação sanitária das seguintes unidades da BRF S.A: SIFs: 1; 18; 103; 104; 292; 466, 928; 1001; 2014, além da SHB Comercio e Indústria de Alimentos S.A - SIFs: 2518.
 
Segundo o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luís Rangel, “com o sinal da UE para delistamento (exclusão da lista das plantas autorizadas) destes abatedouros, e não tendo motivos técnicos para manter a suspensão, levantamos a medida”.

A expectativa é que a Comissão Européia inicie a votação do delistamento ainda hoje, processo que pode demorar alguns dias. Após isto, estas unidades não poderão mais exportar para o Bloco Europeu.
 
Como o ministro Blairo Maggi já havia informado a questão será levada à Organização Mundial do Comércio (OMC) pois trata-se de uma questão comercial e não sanitária, pois o Brasil atende à todas as exigências dos europeus nos aspectos sanitários.

O senador Cidinho Santos (PR-MT) também se manifestou sobre o assunto, dizendo que a ameaça da União Européia (UE) de suspender a importação de carne de frango do Brasil, tem motivação meramente comercial, já que não há problemas com a venda de carne de aves, desde que seja feito pagamento da tarifa extra no valor de mil euros por tonelada.

"Que fique claro aos dirigentes em Bruxelas que eles serão os culpados, caso o Brasil venha a impor retaliações à União Europeia. Não vamos aceitar que sejamos nós os prejudicados. Vamos defender o Brasil e o agricultor brasileiro", disse Cidinho.

"Estão usando a disposição do Brasil em investigar os desvios e penalizar os ilícitos para macular a produção nacional e estimular o debate pelo lado negativo, prejudicando a imagem do produto brasileiro na União Europeia e em outros mercados internacionais", disse ainda o senador.
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