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Notícias / Agronegócio

Discurso de Maggi é reforçado por estudo da Nasa que aponta apenas 7,6% do país ocupado por agronegócio

Da Redação - André Garcia Santana

O discurso do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, que há muito tenta convencer o mercado internacional de que o agronegócio brasileiro não é um vilão para o meio-ambiente, ganha força com a divulgação de um mapeamento feito pela Nasa. O levantamento das áreas cultivadas do Planeta, dentro de seu Programa Global Food Security Analysis - Support Data at 30 Meters (GFSAD30) - GLOBAL CROPLANDS, mostra que a área cultivada do Brasil é de 63.994.479 ha (7,6% do país).

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Os dados também corroboram os números levantados pela Embrapa Territorial, que calculou a área cultivada do país em 65.913.738 ha (7,8% do país). “Se forem agregadas as áreas de reflorestamento (1,2%) chega-se a 76.054.313 ha (9% do Brasil)”, afirma o ministro.

De acordo com ele, grande parte dos países utilizam 20% a 30% de seu território para a agricultura. No caso das nações da União Europeia, por exemplo, são usados entre 45% a 65% de suas terras. Os EUA utilizam 18%.  “O Brasil com apenas 7,6% é essa potência mundial do agronegócio. Esse resultado confirma os dados da Embrapa Territorial que temos divulgado aqui no exterior. A diferença foi de apenas 0,2%, para menos no caso da NASA. Mas eu acho que a equipe do Dr. Evaristo é que está certa.”

Em outras ocasiões, Blairo já havia reforçado que além dos desafios do mercado, os produtores esbarram ainda nas questões ambientais, trabalhistas e sociais que envolvem o setor. Ele lembra que os agricultores mantêm 20% do território para área ambiental e que ninguém paga nada por isso, sendo ainda de responsabilidade dos investidores cuidar do seu perímetro, das invasões e do fogo. Diante disso, defende que o Brasil obtenha uma vantagem comercial sobre os outros.

 “Somos obrigados a deixar 35% das nossas propriedades em Mato Grosso, no cerrado, e 80% das nossas áreas fechadas no bioma amazônico. Eu tenho tentado mostrar isso. O Brasil precisa ter um apoio, uma vantagem comercial em relação aos outros países que não respeitam essas questões, que não tem mais como fazer isso”, disse durante evento realizado em Mato Grosso em julho. 
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