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Usina inaugurada por Temer nega grilagem e destaca investimento privado; empreendimento seria de conselheiro de Trump

Da Redação - André Garcia Santana

Em resposta a acusação de grilagem citada em matéria veiculada recentemente pelo AgroOlhar, a empresa FS Bioenergia, garantiu seguir todos os procedimentos requeridos em lei para a aquisição de terras e refutou a referência ao crime. A informação, obtida pelo colunista da Carta Capital Alceu Castilho, foi divulgada no dia 14 de agosto, três dias após a inauguração da usina de etanol de milho da empresa, em Lucas do Rio Verde. Segundo Castilho, o empreendimento pertence a  Rastetter, conselheiro do presidente americano, Donald Trump.

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Para o site “De Olho Nos Ruralistas” Castilho apurou que a usina é uma fusão entre a estrangeira Summit Agricultural Group e a brasileira Fiagril.  A primeira informa possuir, desde 2012, 11.000 acres (4.451 hectares) em Mato Grosso, numa fazenda onde o presidente Michel Temer, que participou da cerimônia junto a outras autoridades, teria chegado de helicóptero, driblando protesto de caminhoneiros contra a alta dos combustíveis. 

De acordo com nota enviada nesta sexta-feira (18), no entanto, ele teria pousado na Fazenda Boa Vista, que não tem relação com o grupo. A FS Bioenergia destacou ainda que possui investimento 100% privado, sem nenhum subsidio governamental. “A empresa segue todos os procedimentos requeridos em lei para a aquisição de terras e refuta veementemente a referência ao “land grabbing” citado na matéria, uma vez que este se traduz em grilagem, o que não está de acordo com a filosofia da empresa e não é praticado pela mesma”, diz o texto.
 
A publicação menciona ainda que  compra de terras por estrangeiros faz parte de um fenômeno conhecido internacionalmente como land grabbing. No Brasil, ela costuma ocorrer em aliança com grupos locais. A venda de terras para estrangeiros, individualmente, não é permitida. O site americano agriculture.com (nessa notícia traduzida pelo SFAgro) informou, no ano passado, que o Summit Group e mais duas empresas ganharam autorização do governo brasileiro para comprar terras sozinhos, sem parcerias", diz trecho do texto.
 
Diante da informação, foi destacado ainda que: “A SB Agrícola, pessoa jurídica estrangeira (Summit Brazil e Summit Group) é uma empresa de arrendamento de terras para cultivo de soja e milho e possui a autorização de aquisição de terras rurais, publicada no Diário Oficial da União, Portaria nº511 de 6 de setembro de 2013, nos termos da Instrução Normativa INCRA nº 76 e de toda legislação brasileira aplicável em vigor.”
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