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Treze frigoríficos suspenderam abates em Mato Grosso diante "embargo" do mercado exterior

Da Redação - Viviane Petroli

As restrições para as carnes brasileiras impostas pelo mercado externo, após a Operação Carne Fraca, levaram 13 plantas frigoríficas em Mato Grosso a suspenderem as atividades. A informação é do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), que revela ainda um recuo de 2,10% no preço do boi gordo entre os dias 20 e 24 de março.

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Apesar de Mato Grosso não ter nenhuma indústria frigorífica investigada pela Polícia Federal na Operação Carne Fraca, 13 plantas, das 25 em atividade no Estado, suspenderam os trabalhos na semana passada.
 
Destas 13 plantas, 10 pertencem a JBS, que afirmou em nota enviada recentemente para a imprensa que nesta semana retornaria aos trabalhos, porém com uma redução de 35% da sua capacidade produtiva. Ainda segundo o Imea, também tiveram suspensos os trabalhos de abate as empresas Navi Carnes em Barra do Bugres e Agra Agroindustrial em Rondonópolis.
 
De acordo com o Imea, indicadores apontam em Mato Grosso uma queda de 2,10% do preço do boi gordo entre os dias 20 e 24 de março. Além disso, a escala de abate caiu 0,96 dia.
 
"Tendo em vista que o mercado interno que vivíamos não era dos melhores, agora, com esse evento, a situação do pecuarista se complica ainda mais", pontua o Imea em seu boletim semanal da bovinocultura, divulgado na segunda-feira, 27.
 
Ainda segundo o Imea, cerca de 11 países declararam suspensão temporária das importações de carnes brasileiras, dos quais cinco (China, Hong Kong, Chile, Egito e Argélia) importaram em 2016 carne bovina de Mato Grosso.
 
"Porém, com o andamento das investigações e a resposta do Governo brasileiro ao incorrido, três importantes compradores da proteína bovina mato-grossense (China, Egito e Chile) retiraram o embargo neste fim de semana. Essa notícia veio em boa hora, já que, a quantidade enviada para esses países em 2016 foi de 128,3 mil TEC, o que corresponde a 46,4% das exportações e 10,5% da produção de carne bovina no Estado”, diz o Imea.
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