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Notícias / Agronegócio

Ferrugem será mais agressiva nesta safra

Assessoria

 Quatro focos de ferrugem da soja já foram detectados em Mato Grosso e um em Santa Catarina. Este diagnóstico é preocupante quando se trata da disseminação do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da principal doença da sojicultura. A saída para quem quer ter controle da doença e não amargar prejuízos é monitorar diariamente a lavoura e região.

Segundo Ivan Pedro, pesquisador da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso, Fundação MT, a ferrugem poderá se espalhar mais cedo nesta safra e de forma mais agressiva. “As condições climáticas da entressafra propiciaram o surgimento do patógeno em plantas tiguera (“ponte verde”) em diferentes regiões do estado. E o que é pior, nestas foram encontradas pústulas viáveis do fungo, o que torna mais preocupante o cenário”.

As principais regiões mato-grossense que merecem atenção especial de toda classe produtora são: Médio Norte, Parecis, Sul e Vale do Araguaia. Para estas, o pesquisador recomenda, além do monitoramento efetivo da lavoura e da região, o acompanhamento da evolução da doença, planejamento correto das aplicações (“timing”), aplicações preventivas (no florescimento da cultura) e com intervalos mais curtos entre si principalmente nas cultivares de ciclo médio e tardio, controle químico através de fungicidas, uso das doses recomendadas e tecnologia de aplicação adequada.

Em função das lavouras já estarem instaladas em praticamente todo estado, a principal medida de controle e manejo da doença que deve ser adotada neste momento a fim de minimizar perdas no campo e garantir a produtividade é o controle químico por meio de fungicidas registrados para a cultura. “Neste, deve-se optar pela utilização de combinações de triazóis com estrobilurinas em todas as aplicações no sentido de se alcançar melhor eficácia e performance de controle”, destaca o pesquisador.

O alerta sobre a ocorrência da ferrugem da soja foi dado por Ivan Pedro e Fabiano Siqueri, em dez cidades de MT onde foi realizado a primeira etapa do Fundação MT em Campo: É Hora de Cuidar. “Levamos para o produtor recomendações que podem auxiliar na condução da lavoura de soja. Ferrugem é um tema que nos preocupa muito e sabemos o estrago que ela pode causar quando o controle foge das mãos do produtor. Ainda há tempo de proteger a lavoura deste terrível fungo”, destaca Siqueri.

Além da ferrugem, os pesquisadores da Fundação MT apresentaram informações sobre manejo de Antracnose (Colletotrichum truncatum) e Mancha Alvo (Corynespora cassiicola), doenças que têm causado sérios danos em algumas regiões produtoras de soja e muitas vezes confundem os produtores com relação à identificação e práticas adequadas de manejo.

A primeira etapa do Fundação MT em Campo: É Hora de Cuidar ocorreu de 19 a 23 de novembro. A segunda será realizada de 03 a 06 de dezembro em duas cidades de Goiás e seis de Mato Grosso.
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