O Brasil é responsável por 17% do share da carne bovina exportada no mercado mundial, sendo Mato Grosso um dos grandes embarcadores do país. Para a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), o Estado precisa trabalhar mais acessos para a carne produzida. Após a abertura de mercado dos Estados Unidos, a indústria já negocia com o México e o Canadá.
A abertura de novos mercados, afirma o diretor executivo da Abiec, Fernando Sampaio, é essencial e toda a desburocratização traz ganho de eficiência dentro da cadeia.
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Contudo, Sampaio, que esteve em Cuiabá no último dia 25 para o lançamento da Plataforma de Pecuária Sustentável do Carrefour, destaca que apesar do Brasil hoje ser um dos maiores exportadores do mundo continua com "dificuldade de acesso a alguns mercados por razões protecionistas ou supostamente sanitárias".
O diretor executivo da Abiec frisa que o país tem muito que avançar no mercado internacional.
"Tem vários mercados importantes que não temos acesso ainda. A Abiec tem sentado com o Ministério da Agricultura, o Itamaraty , para abrir esses mercados. Mato Grosso é um dos grandes exportadores do Brasil e precisamos trabalhar mais acessos para a carne produzida aqui”, afirmou Sampaio durante passagem pela Capital mato-grossense na última semana.
De janeiro a julho, conforme dados do Ministério da Agricultura, o Brasil exportou US$ 3,133 bilhões em carne bovina. Somente Mato Grosso embarcou R$ 503,7 milhões.
"Quanto mais mercados você tem à disposição melhor você consegue rentabilizar a carcaça, porque a gente desmonta o boi e a nossa função é achar o melhor mercado para cada parte do boi. Os Estados Unidos é importante porque vamos conseguir valorizar o dianteiro que é difícil dentro do mercado interno", diz Sampaio.
O diretor da Abiec revela que a Associação já negocia novas aberturas com o México e o Canadá. "Vamos negociar com o Japão também. Temos alguns mercados que já estão em processo de abertura. A Tailândia é um, por exemplo. Taiwan é outro. Nós precisamos avançar em mais negociações, mas precisamos avançar também em competitividade da nossa indústria. Isso envolve infraestrutura, toda essa parte de burocracia, por que isso é o acesso junto com a competitividade que vai determinar o quanto que a gente pode crescer".