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Notícias / Pecuária

Demanda limita crescimento de estoque de bois machos em Mato Grosso; setor prevê 'estabilidade' em 2017

Da Redação - Viviane Petroli

O aumento de abates de bovinos machos em Mato Grosso de 11,7% em 2016 limitará o crescimento de estoque de machos em 2017. Estudos apontam que o estoque de bovinos machos com mais de 24 meses deve aumentar apenas 1,2% no próximo ano. Outro fator limitante é a demanda pela carne bovina.

A previsão para 2017 é que Mato Grosso tenha disponível (estoque) 4 milhões de cabeças de bovinos machos. Já para 2018, a expectativa é que sejam 4,48 milhões de cabeças.

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Os números são do estudo de “Perspectivas de Curto Prazo para o Rebanho de Machos em MT”, realizado a pedido da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), ao Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). O estudo trabalha a perspectiva de curto prazo para a bovinocultura mato-grossense, para o próximo biênio.

No comparativo de 2016 com 2018, o estudo aponta um possível crescimento de até 13,4% do estoque de machos no Estado. O incremento é previsto diante a retenção de matrizes, o que tem possibilitado mais nascimentos de bovinos que deverão chegar ao mercado em dois anos. Segundo a Acrimat, o que reforça tal previsão é o recorde de 3,73 milhões de bezerros de 0 a 12 meses registrado em 2015 pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), em 2015, que foi de 3,73 milhões de animais.

O gerente de projeto da Acrimat, Fábio da Silva, pontua que o ciclo da pecuária mato-grossense vive hoje a uma fase de retenção de matrizes, o que deixa o mercado com menor "oferta" de animais.

"Ainda assim, mesmo no cenário macroeconômico atual, a população continua procurando a carne bovina nas gondolas dos supermercados e açougues, resultando em um consumo maior do estoque de machos disponíveis para abate. O resultado disso é que foi necessário incorporar essa nova realidade à previsão, impactando no número de machos que estarão disponíveis no ano de 2017”, destaca o gerente de projetos da Acrimat.

Conforme a Acrimat, o estudo destaca que o produtor necessita ainda de cautela na hora do planejamento, uma vez que a demanda ainda dita o mercado.
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