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Consórcio Pesquisa Café destaca cultivares

Da Assessoria

 Em 2012, as cultivares Mundo Novo e Catuaí completam, respectivamente, 60 e 40 anos de introdução nas fazendas de café do Brasil. Juntas, estima-se que elas representem cerca de 85% das cultivares plantadas no País. A Mundo Novo e a Catuaí fazem parte da história do café no Brasil, responsáveis por uma mudança significativa no cenário da produção cafeeira, em termos de produtividade e longevidade, e tem contribuído para a consolidação da cultura nas principais regiões produtoras. As duas variedades são resultados de trabalhos do programa de melhoramento do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), instituição integrante do Consórcio Pesquisa Café. O Consórcio, há 15 anos, investe no programa de melhoramento genético do IAC, apoiando o desenvolvimento de pesquisas que também geraram dezenas de outras cultivares de café.

As pesquisas de melhoramento trabalham continuamente na obtenção de cultivares cada vez mais específicas para doenças, pragas, condições climáticas e demais aspectos importantes para o produtor, em estudos que levam em média duas décadas ou até mais. São investimentos em conhecimento e em recursos necessários para o crescimento da cafeicultura brasileira, uma das mais sustentáveis do mundo. Os casos bem-sucedidos das cultivares Mundo Novo e Catuaí, há mais de meio século no mercado cafeeiro brasileiro, merecem destaque.

Mundo Novo – A Mundo Novo foi introduzida em 1952 substituindo o Bourbon nas fazendas, até então a mais utilizada pelos produtores brasileiros, desde 1940, e que apresentava uma produtividade mediana. O diferencial da Mundo Novo foi justamente nesse aspecto, a nova cultivar apresentava uma alta produtividade e se adaptou bem em todas as regiões cafeeiras. O pesquisador do IAC, Luiz Carlos Fazuoli, conta que uma hipótese bem provável é que a Mundo Novo tenha sido resultado de um cruzamento entre Bourbon Vermelho e a Sumatra, cultivar introduzida no Brasil ainda em 1796.

“A Mundo Novo apresentou uma produtividade de até 200% a mais que a Tipíca”, introduzida no Brasil em 1727, diz. O que explica a mudança de paradigma que a planta trouxe para a cafeicultura nacional. Manejos de poda e a mecanização foram fatores que também contribuíram para os bons resultados da cultivar. Esta cultivar foi muito importante para o estabelecimento da cafeicultura brasileira no cerrado.
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