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Etanol sobe 12,6% nas usinas em Mato Grosso; alta é creditada a custos de produção

Da Redação - Viviane Petroli

O litro do etanol nas usinas em Mato Grosso subiu aproximadamente 12,6%, um salto em três semanas de R$ 1,82 em média para R$ 2,05. O aumento do preço é decorrente aos custos de produção, segundo o setor sucroalcooleiro do estado. Entre os principais impactos no setor estão o dólar e a alta de 12% do litro do óleo diesel. Nos postos chega a R$ 2,49 e R$ 2,59.

O Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado de Mato Grosso (Sindalcool-MT) confirma os reajustes nas últimas semanas no litro do etanol nas usinas para as distribuidoras.

Hoje, o litro do etanol nas usinas está em média a R$ 2,05 e nos postos na casa dos R$ 2,49, no caso em Cuiabá, podendo a ser encontrado já a R$ 2,59. No interior R$ 2,75 em média, como é o caso de Sinop.

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“Realmente houve aumento nas usinas, devido os custos de produção. Somente o óleo diesel, que movimenta as máquinas e caminhões, subiu 12% em 2015. Além disso, temos os impactos nos insumos provocados pela oscilação do dólar, que atingiu R$ 4,20 recentemente”, justifica o direto-executivo do Sindalcool-MT, Jorge dos Santos.

Santos comentou ao Agro Olhar que o preço nas usinas varia de acordo com a localidade das mesmas. Mato Grosso possui 10 usinas em operação, sendo três usinas flex que podem produzir tanto etanol de cana-de-açúcar quanto etanol de milho.

Questionado sobre novos aumentos nas usinas, que podem acarretar em reajustes para o consumidor, o diretor-executivo do Sindalcool-MT, destacou ser “difícil de prever se haverá nova elevação ou não. Varia conforme o mercado”.

Na safra 2015/2016 de cana-de-açúcar, segundo dados do Sindalcool-MT, cerca de 17 milhões de toneladas de cana foram colhidas. Em etanol 1,1 bilhão de litros foram produzidos, dos quais 700 milhões de litros em etanol hidratado. “Produziu-se mais hidratado (utilizado para abastecer veículos flex) devido a demanda e seu preço ao consumidor estar mais favorável diante o preço da gasolina”, pontua Jorge dos Santos.
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