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Setor frigorífico de Mato Grosso terá representante em câmara técnica sobre crise econômica

Da Redação - Viviane Petroli

 O setor frigorífico de Mato Grosso fará parte de uma câmara técnica para enfrentar a crise econômica vivida pelo Brasil. À adesão do setor foi firmada na última segunda-feira, 21 de setembro, durante reunião na Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Seta).

A câmara técnica ainda está sendo criada. A crise econômica brasileira afetou principalmente as áreas de alimentação e construção.

Durante a reunião entre o setor frigorífico e a Setas, o secretário Valdiney de Arruda entregou ao setor uma proposta que visa minimizar os impactos da crise que atingem o segmento. Somente em 2015 sete unidades fecharam as portas no estado, levando aproximadamente quatro mil pessoas ao desemprego.

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De acordo com a Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas), a proposta apresentada para a indústria frigorífica de Mato Grosso prevê uma parceria entre o setor e a Secretaria visando à redução do desemprego formal, auxílio por meio de orientação, para a utilização do recurso Bolsa de Qualificação Profissional (BQP), bem como do Programa de Proteção do Emprego (PPE), que vem a ser uma "bolsa qualificação" conhecida como layoff (ficar em casa, seja por férias coletivas, folgas, semanas reduzidas), entre outras propostas.

“O governo está promovendo a discussão entre trabalhadores e empregadores e participando deste processo. Não se constrói a superação de uma crise se não houver à frente o diálogo”, pontuou o secretário da Setas.

O Sindicato das Indústrias de Frigoríficos do Estado de Mato Grosso (Sindifrigo), Josenino Borges, destacou que a entidade está à disposição da Secretaria para discutir meios para enfrentar a situação econômica do Brasil, que já afeta Mato Grosso.

Para o presidente do Conselho de Relações de Trabalho da Federação da Indústria do Estado de Mato Grosso (Fiemt), Paulo Bresser, este é o momento de aproveitar "que o estado está mais presente".

Presente na reunião na Setas, o diretor do Grupo Minerva Foods, Roberto Almeida, lamentou o fechamento da unidade industrial em Mirassol D'Oeste. A planta foi fechada, como o Agro Olhar já comentou, em 06 de julho desligando 701 funcionários. O diretor do Minerva Foods na ocasião da reunião na Setas não descartou a retomada das atividades na unidade.

“Não temos previsão para agora, mas caso o quadro econômico melhore podemos, sim, reativar a unidade fechada e reabrir as contratações. Se isso ocorrer, vamos buscar o apoio da Setas para fazer toda a intermediação”, declarou Roberto Almeida.
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